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Por José Benedito da Silva
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Como Valdemar unificou o PL em torno de Bolsonaro para a eleição

Após filiação do presidente, acordos regionais foram desfeitos e lideranças alinhadas à esquerda ou deixaram a sigla ou mudaram de lado

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2022, 16h28 - Publicado em 28 mar 2022, 14h37

Responsável pela adesão formal do presidente Jair Bolsonaro ao Centrão, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi figura de destaque no evento que lançou a candidatura de Bolsonaro à reeleição, no domingo, 27, em Brasília. Postado ao lado do presidente, Valdemar é um sujeito conhecido na fauna política como “cumpridor de acordos” e não tem sido diferente com Bolsonaro, catalizador da expansão da bancada do PL na Câmara, que chegou a 65 deputados na atual janela partidária e se tornou a maior bancada da Câmara. Na eleição de 2022, a legenda será a casa do bolsonarismo, abrindo mão das conveniências eleitorais que, como bom sócio do Centrão, sempre nortearam suas decisões.

Selada a filiação de Bolsonaro, em novembro do ano passado, e superadas algumas divergências que quase fizeram subir no telhado a entrada do presidente na sigla, Valdemar atuou para que diretórios estaduais do PL seguissem a diretriz bolsonarista. Neste movimento de unificação, acordos eleitorais até então costurados foram desfeitos, como o apoio ao candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia, e ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto, do União Brasil, que disputará o governo da Bahia como favorito.

Na eleição paulista, o PL vai compor a chapa do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que esteve perto de aderir à sigla, mas se filiou ao Republicanos; na baiana, o ministro da Cidadania, João Roma, deixou o partido da Igreja Universal para entrar no de Valdemar e disputar a sucessão estadual. Com o rumo definido pelo partido na Bahia para dar palanque a Bolsonaro no quarto maior colégio eleitoral do país, o então presidente do PL no estado, ex-deputado José Carlos Araújo, pediu sua desfiliação. Ele apoiará ACM Neto.

O partido ainda terá o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, como candidato ao governo do Rio Grande do Sul e recebeu a filiação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, virtual candidato a vice-presidente da República. Os ministros do Turismo, Gilson Machado, e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, também se filiaram ao PL para disputar eleições ao Senado por Pernambuco e à Câmara por São Paulo, respectivamente.

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A adesão total ao bolsonarismo inevitavelmente também atingiu estados onde lideranças do partido pendiam à esquerda. No Piauí, o ex-presidente do PL Fábio Xavier, deputado estadual, trocou a sigla pelo PT, do governador Wellington Dias (PT). Também deixaram o PL outros dois deputados estaduais e dois federais. Xavier foi substituído por Samantha Cavalca, nome ligado ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, mandachuva do PP. No Ceará, o presidente do PL, Acilon Gonçalves, aliado  há tempos do grupo do governador Camilo Santana (PT) e dos irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT), apoiará Bolsonaro.

Enquanto em outros partidos do Centrão, como PP e Republicanos, a lógica local deve guiar os movimentos políticos na eleição de outubro, no PL prevalecerá absoluta a diretriz de Valdemar Costa Neto: “Temos que ser fiéis ao Bolsonaro, fazer tudo que ele pede, tudo que ele precisa”.

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