Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Comissão tenta impedir Bolsonaro de encerrar buscas por mortos na ditadura

Aliado da ex-ministra Damares Alves marcou reunião para extinguir a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos no próximo dia 14 de dezembro

Por Diogo Magri Atualizado em 8 dez 2022, 13h24 - Publicado em 8 dez 2022, 13h23

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns entrou com uma representação no Ministério Público Federal para reclamar da extinção da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), órgão vinculado ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos que atua na busca por vítimas da ditadura militar (1964-1985).

A atitude é uma reação à reunião marcada pelo presidente da CEMDP, o advogado Marco Vinícius de Carvalho, para a próxima quarta-feira, 14 de dezembro, quando ele já anunciou que encaminhará o encerramento da comissão. Carvalho chegou ao cargo por indicação da ex-ministra Damares Alves. Ele também é ex-assessor da senadora eleita pelo Republicanos-DF.

No relatório que deve ser apresentado no dia 14, Carvalho defenderá que a comissão, iniciada sob o governo de Fernando Henrique Cardoso em 1995, gastou muito dinheiro e teve pouca efetividade. Dos sete integrantes da CEMDP, quatro são favoráveis ao encerramento — além do presidente, estão do mesmo lado os militares Weslei Maretti e Vital Lima dos Santos, além do deputado federal bolsonarista Filipe Barros (PL-PR).

Do outro lado, são contra o encerramento dos trabalhos Vera Paiva e Diva Santana, filha de Rubens Paiva e irmã de Dinaelza Santana, vítimas da ditadura cujos corpos nunca foram encontrados, além do procurador Ivan Cláudio Marx.

“Finda a apreciação dos requerimentos, a Comissão Especial elaborará relatório circunstanciado, que encaminhará, para publicação, ao Presidente da República, e encerrará seus trabalhos”, afirma o presidente. A expectativa é que Jair Bolsonaro, num dos últimos atos do seu governo, aprove o encerramento da CEMDP.

Continua após a publicidade

“O fim da CEMDP interromperia abruptamente uma série de ações para a elucidação de casos de desaparecimento e morte de pessoas vítimas da repressão ditatorial, que até hoje não foram resolvidos”, diz a nota enviada pela Comissão Arns. “Essa é uma dívida do Estado brasileiro para com as famílias dos mortos e desaparecidos políticos, que não tiveram respeitada a dignidade fundamental de enterrar seus entes queridos, e a sociedade brasileira, de modo geral”, continua.

Com a representação no MPF, os ativistas esperam conseguir o mesmo que fizeram em junho. Na época, Marco Vinícius de Carvalho também chegou a anunciar uma reunião para extinguir a CEMDP, mas a pressão de sociedade civil e Ministério Público o fizeram suspender o encontro.

A representação relembra pontos estabelecidos pela Comissão Nacional da Verdade e pela Corte Interamericana dos Direitos Humanos para “solicitar a urgente adoção das medidas administrativas ou judiciais para obstar a anunciada extinção” da CEMP. O documento é assinado pelo presidente da Comissão Arns, José Carlos Dias.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.