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Caso Dom e Bruno: réus mudam versão em audiência com bronca e discussão

Acusados de duplo assassinato prestaram o primeiro depoimento à Justiça na terça-feira, 9, e alegaram legítima defesa

Por Victoria Bechara, Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 Maio 2023, 15h12 - Publicado em 11 Maio 2023, 14h12
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  • Os três acusados pelo assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips prestaram o primeiro depoimento à Justiça na última terça-feira, 9, quase um ano depois do crime, que ocorreu em 5 de junho de 2022. Os réus mudaram a versão contada inicialmente e passaram a dizer que agiram em legítima defesa.

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    Os pescadores Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, confessaram novamente os assassinatos, mas alegaram que Bruno teria feito ameaças e atirado primeiro. Os réus estão presos e participaram da audiência por videoconferência. Amarildo também confessou ter esquartejado e colocado fogo nos corpos.

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    Ele inocentou o irmão, Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, que também é réu pelo crime. “O ato quem cometeu fui eu e Jefferson. Meu irmão não tem nada a ver. Eu me sinto muito culpado de meu irmão estar preso por causa de mim”, disse Amarildo. Em seu depoimento, Oseney chorou e negou participação no assassinato.

    No início da audiência, o juiz Fabiano Verli deu uma bronca na administração dos presídios federais de Catanduvas, no Paraná, e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, onde os réus estão presos. O magistrado reclamou da falta de cooperação, descumprimento de ordens judiciais e registrou “enorme decepção” com as penitenciárias. “Não é favor, é obrigação. Essa Justiça está farta de lidar com os presídios federais. Eles não têm o direito de fazer o que estão fazendo”, afirmou. 

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    Também houve uma discussão entre o juiz e uma das advogadas dos réus, Goreth Campos Rubim, após a defesa afirmar, sem provas, que Bruno teria sido exonerado da Funai por envolvimento em um massacre contra indígenas. Reportagens divulgadas logo após a morte do indigenista mostram que, na verdade, ele foi demitido por sua atuação contra o garimpo ilegal em territórios indígenas e por divergências com a gestão de Marcelo Xavier, que comandou a fundação no governo de Jair Bolsonaro

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    O juiz pediu respeito à memória de Bruno e afirmou que a defesa estava “tumultuando” desde o início das audiências de instrução do caso. Verli também ressaltou que os advogados não apresentaram provas do que estavam dizendo e nem de que a Funai negou acesso a documentos, como alegam. “Antes de qualquer coisa, a senhora tem que provar razoavelmente, eu não peço aqui uma prova diabólica. O resto é tumulto. Fale menos e junte mais documentos”, declarou o juiz. “Desde o recebimento da denúncia o senhor tem dificuldade de atuar de forma parcial. Se coloque no seu lugar que nós também nos colocaremos em nosso lugar”, respondeu Goreth. 

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    As partes do processo têm até esta quinta-feira, 10, para pedir novas diligências. Depois, o juiz decidirá se os acusados irão a júri popular. Assista os trechos da audiência abaixo.

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