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Carla Zambelli: a bolsonarista se envolve em uma polêmica atrás da outra

Deputada fiel a Bolsonaro, ela esteve por trás da demissão de Moro, da saída de Regina Duarte e é suspeita de saber de ação da PF contra Witzel

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 18h54 - Publicado em 26 Maio 2020, 13h11
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  • Carla Zambelli foi só a 57ª mais votada entre os 70 deputados federais eleitos por São Paulo em 2018 – muito atrás, por exemplo, de nomes como Joice Hasselmann, do mesmo partido, ex-líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, que teve 1.078.666 votos. Mas é hoje um dos parlamentares mais próximos ao presidente e, mais do que isso, se tornou personagem constante de boa parte dos acontecimentos polêmicos recentes envolvendo o governo.

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    Primeiro, teve reveladas as suas trocas de mensagens com o ex-ministro Sergio Moro, mostrando como tentou convencê-lo insistentemente a permanecer no governo, em meio à crise envolvendo a demissão do então diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo. A deputada chegou a acenar com a possibilidade de ele ser indicado por Bolsonaro a ministro do Supremo Tribunal Federal, um sonho antigo do ex-juiz da Lava-Jato. Moro não só respondeu que não estava à venda, como vazou as mensagens ao Jornal Nacional. O episódio magoou Zambelli, de quem Moro havia sido padrinho de casamento há pouco tempo. Pelo episódio, ela teve que prestar depoimento em inquérito conduzido pelo STF.

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    Depois, participou da articulação para encontrar uma saída honrosa para Regina Duarte do cargo de secretária da Cultura – negociou com Bolsonaro a nomeação dela para dirigir a Cinemateca, para não ficar “desamparada” após ter rompido o seu contrato com a TV Globo para aceitar o posto no governo. De quebra, Zambelli ainda se reuniu com o ator Mário Frias para sondá-lo e indicá-lo para ser o sucessor da atriz.

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    Agora, a polêmica parece ser mais séria. Em entrevista à Rádio Gaúcha, na segunda-feira 25, ela sugeriu ter conhecimento de operações que a PF realizaria contra governadores. “A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter nos próximos meses o que a gente vai chamar, talvez, de ‘Covidão’ ou de não sei qual vai ser o nome que eles vão dar. Mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse.

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    No dia seguinte, a PF fez uma operação envolvendo o governador do Rio de Janeiro, Wilton Witzel (PSC), desafeto de Bolsonaro, e despertou no meio político a suspeita de que a ação havia sido antecipada a parlamentares bolsonaristas. Outros, como a deputada federal Major Fabiana (PSL-RJ), também haviam dado indicação de que algo contra Witzel estaria a caminho.

    O filho do governador, Erick Witzel, tornou pública a suspeita. “Ontem, à Rádio Gaúcha, Carla Zambelli anunciou que haveria operações da PF contra governadores. Hoje, a polícia está na casa de Witzel. Como uma deputada tem essas informações? Isso é mais uma prova da interferência. Era para isso que Bolsonaro queria trocar Valeixo?”, perguntou.

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    Enquanto a operação era realizada, na manhã desta terça-feira, Zambelli estava no Palácio da Alvorada com Bolsonaro. Ao deixar a sua residência oficial, o presidente saudou a ação: “Parabéns à Polícia Federal”, disse.

    Em nota,a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) defendeu a investigação da suspeita e lembrou que Zambelli tem boa relação com a Associação dos Delegados da Polícia Federa (ADPF). “É conhecido e notório o vínculo da parlamentar com a associação de delegados, desde quando era líder do movimento Nas Ruas”, diz trecho da nota, lembrando o tempo em que a parlamentar era integrante do grupo responsável por manifestações pelo impeachment da então presidente Dilma Rosseff. “A lisura das investigações e o sigilo das operações devem ser preservados em qualquer circunstância”, afirma a Fenapef.

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