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Brasil

Câmara já tem data para ouvir Tacla Duran sobre extorsão na Lava Jato

Apontado como operador de contas ilegais da Odebrecht no exterior, advogado acusa o senador Sergio Moro e o deputado cassado Deltan Dallagnol

Por João Pedroso de Campos SEGUIR SEGUINDO 20 Maio 2023, 13h36

DELAÇÃO - Tacla Duran, velho conhecido da Lava-Jato: oferta de dinheiro para deixar de ser cliente de escritório - — O advogado Rodrigo Tacla Duran, que acusa extorsão na Lava Jato (./Reprodução)

A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados já tem uma data para ouvir o advogado Rodrigo Tacla Duran a respeito de suas acusações de que foi vítima de extorsão na Operação Lava Jato. O colegiado definiu que a oitiva de Tacla Duran, como convidado, será no dia 19 de junho, às 14h30.

A comissão aprovou no último dia 9 de maio requerimento do deputado Rogério Correia (PT-MG) para convidar o advogado a falar. Ele é apontado pela Lava Jato como operador de dinheiro sujo da Odebrecht no exterior. Tacla Duran vive na Espanha e foi incluído no programa de proteção à testemunha do governo federal a pedido do juiz Eduardo Appio, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba.

O advogado diz ter sido alvo de uma extorsão na Lava Jato por parte de um advogado próximo ao ex-juiz federal Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil do Paraná, e da deputada Rosângela Moro (União-SP). A suposta extorsão, ainda conforme Duran, teria tido anuência do ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, que nesta semana teve o mandato de deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Diante do agendamento do depoimento, a comissão da Câmara enviou um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, relator da ação no STF que investiga as acusações de Tacla Duran. O documento pede que Toffoli contribua para “para viabilizar o comparecimento do Sr. Rodrigo Tacla Duran a esta Casa, tendo em vista a grande importância dessa audiência não apenas para esta Comissão ou para a Câmara dos Deputados, mas para o conjunto da sociedade brasileira”.