“Briga começou quando Benedito defendeu Lula”, diz homem que matou colega
Rafael Silva de Oliveira afirma que a vítima o agrediu primeiro e detalhou aos policiais como tudo ocorreu
O bolsonarista que matou um colega em Confresa, a 1.000 quilômetros de Cuiabá (MT), disse que a briga com Benedito Cardoso dos Santos começou quando ambos discutiam política. O crime ocorreu na noite da última quarta, 7. Em depoimento, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, afirmou que ambos estavam fumando cigarro juntos quando o assunto política veio à tona. “Benedito estava defendendo o ex- presidente Lula e o eu estava defendo o atual presidente, Jair Bolsonaro. Com isso iniciamos uma discussão, pois nenhum concordava com a opinião do outro. Nesse momento, ele me deu um soco no queixo e eu revidei no peito dele, mas logo depois nos acalmamos. Tempos depois, o Benedito pegou uma faca que estava sobre uma mesa e ficou parado. Eu fui para cima, para pegar a faca, ele cortou a minha mão, mas eu consegui tirar a faca dele.”
Na sequência, o acusado relata aos investigadores e ao delegado que preside o caso como foi a sequência: “Após o interrogando (Rafael) pegar a faca, Benedito saiu correndo e o interrogando foi atrás para golpeá-lo; que o interrogando logrou êxito em acertar uma facada nas costas de Benedito enquanto ele corria, mesmo assim Benedito continuou correndo e o interrogando foi atrás até que a vítima caiu no chão”. Rafael desferiu no total quinze facadas na vítima, que morreu no local.
A fuga
Assim que matou Benedito, Rafael disse que em seguida saiu do local e foi se livrar da arma do crime, um machado, deixando o objeto do lado da cerca do outro lado da estrada. Depois disso, retornou para casa, onde lavou as mãos no banheiro, e saiu novamente após pegar a faca do crime um par de roupas.
Rafael afirmou ter jogado a faca próximo de onde havia deixado o machado e seguiu caminhando em direção à cidade de Confresa. Como suas roupas estavam sujas de sangue, ele trocou as peças no caminho e, por volta das 6 da manhã de quinta 8, chegou ao Hospital Municipal de Confresa procurando por atendimento médico para suas feridas. No hospital, o bolsonarista alegou ter sofrido uma tentativa de roubo e se machucou ao reagir.
Policiais militares, já cientes da morte de Benedito, foram ao hospital e começaram a conversar com Rafael. Após o interrogatório, o bolsonarista confessou os crimes, apresentou as armas do crime e foi conduzido até a delegacia. Rafael Silva de Oliveira foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado.