Bolsonaristas intensificam ataques ao PT para tentar tirar foco do MEC
Eduardo Bolsonaro lista ministros do PT envolvidos em casos de corrupção e diz que há um 'oceano' entre o governo atual e os anteriores; Flávio ataca Lula

O bolsonarismo iniciou um contra-ataque nas redes sociais para tirar o foco da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e das investigações sobre corrupção no MEC. Na manhã desta quinta-feira, 23, foi a vez de o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicar um vídeo desenterrando velhas histórias sobre corrupção envolvendo membros dos governos do PT.
Em um vídeo de pouco mais de dois minutos, o filho Zero Três do presidente Jair Bolsonaro (PL) enfileira nomes como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, os ex-líderes do governo no Congresso Cândido Vaccarezza e Delcídio do Amaral e até aliados como o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que levou o seu MDB a fechar aliança com o PT da Bahia para a atual eleição ao governo do estado. E sentenciou: “Em matéria de corrupção, o PT é imbatível”.
O deputado afirma que existe “um oceano” de diferença entre os governos petistas e o do seu pai quando o assunto é corrupção. “Eu poderia ficar aqui falando muito e muito mais sobre os escândalos no tempo do PT. O que eles querem é dizer: ‘Tá vendo? O governo Bolsonaro também comete escândalos de corrupção.’ Meus caros, não dá nem para começar a comparar”, diz Eduardo no vídeo. Em nenhum momento, no entanto, ele nega haver irregularidades no Ministério da Educação no atual governo.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho primogênito do presidente, seguiu a mesma linha do irmão. O parlamentar divulgou um vídeo em que o pastor Silas Malafaia diz que comparar a corrupção dos governos Lula e Bolsonaro “só pode ser piada”. “Querer colocar Bolsonaro no mesmo saco que Lula? Impossível! – O ex-presidiário só foi o chefe do maior esquema de corrupção do mundo!”, escreveu Flávio.
A reação dos governistas ocorre em meio a uma tentativa da oposição de reunir assinaturas para pedir a abertura da CPI do MEC. Parte da tropa de choque do bolsonarismo no Congresso, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) também já publicou dois vídeos em que relembra os governos petistas e diz ter “orgulho” de Bolsonaro. Em grupos de apoiadores do presidente, a estratégia é a mesma. Os bolsonaristas tentam encobrir o escândalo no MEC e intensificam os ataques a Lula.
Milton Ribeiro foi preso na quarta-feira, 22, acusado de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. Ele pediu demissão em março, após a revelação de um suposto esquema em os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos – também presos – teriam cobrado propina de prefeitos para facilitar o repasse de verbas do MEC aos municípios.
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