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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Beto Richa quer trocar PSDB pelo PL, mas pode perder mandato na Câmara

Ex-governador do Paraná e deputado precisa de uma carta de anuência do partido para não perder cadeira no Parlamento, mas cúpula tucana deve negar documento

Por Da Redação 14 mar 2024, 08h00

O ex-governador do Paraná e agora deputado federal Beto Richa está prestes a deixar o PSDB, partido ao qual está filiado desde 2002 (já havia estado na sigla entre 1988 e 1994), e migrar para o PL do presidente Jair Bolsonaro com a intenção de disputar a prefeitura de Curitiba na eleição deste ano, como mostrou VEJA.

Mas a guinada política pode ter uma consequência séria para Richa: pela legislação eleitoral, ele só pode trocar de sigla sem perder o mandato na Câmara se obtiver uma carta de anuência da direção do PSDB – sem ela, a sua vaga seria ocupada por um suplente.

O problema é que o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e o presidente da federação PSDB-Cidadania, Bruno Araújo, decidiram em encontro que tiveram em Recife na quarta-feira, 13, que nenhum deputado terá carta de anuência para deixar o partido ou a federação.

O último (e único) que conseguiu esse aval foi Carlos Sampaio, de São Paulo, que trocou o PSDB pelo PSD na semana passada, mas obteve a autorização da cúpula tucana para fazer a movimentação. Carlos Sampaio estava há 34 anos no PSDB. Mesmo assim, ainda corre o risco de perder a vaga, porque o seu suplente, o historiador Marco Antonio Villa (Cidadania), avalia se irá à Justiça para tentar ficar com o posto.

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Voo baixo

O PSDB tem hoje apenas 13 deputados, o menor número de sua história. O partido, que disputou por anos a hegemonia política do país com o PT, já chegou a ter 99 cadeiras na Câmara em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso se elegeu para o segundo mandato na Presidência da República. Nos anos seguintes, sempre teve entre 54 e 70 eleitos até que sofreu um baque com a onda bolsonarista em 2018 e viu a bancada cair para 29 parlamentares.

Volta à prefeitura

Richa, que chegou a ser preso duas vezes pela Operação Lava-Jato por suspeitas de corrupção, já foi prefeito de Curitiba por dois mandatos, entre 2005 e 2010. Depois, foi eleito governador em 2010 e reeleito em 2014, sempre pelo PSDB.

A disputa da prefeitura de Curitiba seria uma forma de ele tentar reerguer a carreira política dele no Paraná, onde já foi por anos o principal cacique. Na eleição de 2022, o PSDB conseguiu apenas uma vaga de deputado no estado, e Richa só assumiu porque o mais votado, Jocelito Canto, teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.

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