Embora não esteja na manifestação desta sexta-feira na Avenida Paulista contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi a estrela da manifestação do dia 15 de março – no mesmo local e com a mesma pauta -, divide participantes do protesto.

À frente da manifestação, que saiu do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em direção à Praça da República, um grupo de cerca de 30 black blocks (manifestantes mascarados) grita “nem com os coxinhas nem com o PT, trabalhadores, estamos com vocês” e critica o ex-presidente:”Ô ô ô Ô, o Lula é traidor“.

Já a grande maioria dos manifestantes usa um adesivo, distribuído pela primeira vez pelos grupos de esquerda e movimentos sociais, com a inscrição “3 de maio, eu vou para Curitiba. Não à prisão de Lula”, em referência ao dia em que o petista irá prestar depoimento ao juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância.

Será o primeiro encontro cara a cara de Lula com o juiz – já houve um depoimento por videoconferência -, a quem acusa de ser parcial nas investigações sobre irregularidades envolvendo empreiteiras com contratos com a Petrobras. Apesar da frase do adesivo, a prisão de Lula durante o depoimento não está sendo cogitada.

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