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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Apagão em São Paulo é explorado por rivais de Ricardo Nunes na eleição

Alvo de críticas, prefeito diz que o contrato com a Enel foi feito com o governo federal e ameaça acionar a concessionária na Justiça

Por Da Redação Atualizado em 6 nov 2023, 17h02 - Publicado em 6 nov 2023, 13h18

Pré-candidatos à prefeitura de São Paulo na eleição do ano que vem, os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL), Kim Kataguiri (União Brasil) e Ricardo Salles (PL) mostraram que pretendem usar o longo apagão vivido pela cidade no fim de semana para desgastar eleitoralmente o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Em postagem publicada nesta segunda-feira nas redes sociais, Boulos criticou o prefeito e a empresa concessionária responsável pelo fornecimento de energia pela suposta redução de efetivo para atender a população. “São Paulo entra no quarto dia sem luz devido à incompetência da Enel. Ao invés de tomar providências, o prefeito Ricardo Nunes posou de Rei do Camarote e passou o fim de semana assistindo UFC e Fórmula 1. Enquanto isso, a comida dos paulistanos estraga na geladeira…”, afirmou.

A referência do principal adversário de Nunes era ao fato de o prefeito ter marcado presença em eventos públicos durante o apagão, como as etapas brasileiras da Fórmula 1 e do UFC, enquanto milhares de paulistanos ainda permaneciam sem energia por causa do temporal que atingiu a cidade na sexta-feira.

No domingo, Boulos já havia afirmado que “enquanto milhares de paulistanos estão há mais de 48 horas no escuro, o prefeito Ricardo Nunes passa o dia posando no camarote de eventos”. Em seguida, completou: “Até quando? Mais uma vez, São Paulo mostra o quanto precisa ser melhor preparada para evitar um caos a cada novo evento climático adverso, que, diga-se de passagem, será cada vez mais comum daqui para frente”.

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Kim Kataguiri, que pertence ao União Brasil, partido que apoia a administração de Nunes, foi na mesma linha — e ainda criticou o alto grau de desconhecimento do prefeito pela população. Eleito como vice em 2020, Nunes assumiu a prefeitura no ano seguinte, após a morte do prefeito Bruno Covas, e ainda tenta se tornar mais conhecido dos eleitores. “Metade da cidade sem luz, árvores caídas no meio de inúmeras vias, comerciantes que perderam todos seus produtos, casas destruídas. Onde está o prefeito? Em reuniões? Em algum centro de operações ou monitoramento? Não. Dando rolê no UFC e na Fórmula 1 pra ver se assim as pessoas vão saber quem ele é”, disse.

O deputado Ricardo Salles (PL), que ainda tenta viabilizar sua pré-candidatura à prefeitura enquanto o PL flerta com Nunes, criticou de forma irônica o que chamou de falta de planejamento da atual gestão. “Na Nuneslândia, há mais de dois anos com caixa cheio e nenhum planejamento, sobram contratações emergenciais sem foco nem resultado, enquanto a cidade toda sofre com a falta de luz das árvores e postes derrubados. Tudo pela reeleição, nada pelo povo”, publicou.

A deputada Tabata Amaral (PSB) preferiu tom mais ameno, com críticas gerais ao “poder público”. “Toda minha solidariedade às famílias das vítimas das chuvas em SP. Esse é mais um chamado para nos prepararmos para as mudanças climáticas — que já são uma realidade. O poder público precisa se preparar para lidar com esses desastres, pois sabemos que isso vai acontecer de novo”, afirmou, em postagem no sábado.

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Contrato

Pelas redes sociais, Nunes se manifestou no sábado sobre o assunto. “A chuva que caiu na Capital, na Região Metropolitana e Baixada Santista hoje foi excepcional. A capital paulista ficou em estado de atenção por quase 2 horas. Tivemos rajadas de ventos, em alguns locais, como na região de Congonhas que chegou a 104 km/h. Estou acompanhando às equipes, constitui um grupo de trabalho e estaremos todos empenhados para que a Cidade retome a sua normalidade o quanto antes”, disse.

Em entrevista na manhã desta segunda-feira, o prefeito criticou a Enel pela falta de material humano para atender as emergências, além do contrato feito com o governo federal. “O contrato é com o governo federal, que o rege. Houve lá o erro. Precisa haver uma readequação desse contrato para essa questão das mudanças climáticas. Não é possível que a Enel, com todos esses problemas, tenha um volume pequeno de equipes perante o tamanho do nosso problema”, afirmou.

Nunes disse que acionaria a Justiça caso a energia não fosse religada até esta terça-feira. A Enel informou que está mobilizando esforços para atender as mais de 500 mil pessoas que ainda permanecem sem energia na capital paulista nesta segunda-feira.

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