Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Aliados de Bolsonaro encerram comissão de busca por mortos pela ditadura

Por quatro votos a três, indicados pelo Executivo foram favoráveis à extinção da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos após 27 anos de trabalhos

Por Diogo Magri Atualizado em 15 dez 2022, 15h37 - Publicado em 15 dez 2022, 15h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Aliados do presidente Jair Bolsonaro aprovaram por meio de votação nesta quinta-feira, 15, a extinção da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), órgão vinculado ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos que atua na busca por vítimas da ditadura militar (1964-1985).

    A extinção foi aprovada por quatro votos a três em sessão extraordinária marcada pelo presidente da CEMDP, o advogado Marco Vinícius de Carvalho, que contou com a presença dos sete integrantes da comissão. Carvalho chegou ao cargo por indicação da ex-ministra Damares Alves – ele também é ex-assessor da senadora eleita pelo Republicanos-DF.

    Carvalho defende que a comissão, iniciada sob o governo de Fernando Henrique Cardoso em 1995, gastou muito dinheiro e teve pouca efetividade. Além do voto dele, foram favoráveis ao encerramento o também ex-assessor de Damares, Paulo Fernando Melo da Costa, representante da sociedade civil; o militar Jorge Luiz Mendes de Assis, representante das Forças Armadas; e o deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-PR), representante da Câmara. Assim como Carvalho, os três também assumiram cargos na comissão por indicação do Executivo.

    Votaram contra Vera Paiva e Diva Santana, filha de Rubens Paiva e irmã de Dinaelza Santana, vítimas da ditadura cujos corpos nunca foram encontrados, além do procurador Ivan Cláudio Marx. A primeira é representante civil, a segunda representa os familiares e o terceiro é representante do Ministério Público Federal.

    O encerramento também vai contra a recomendação do MPF, da Corte Interamericana de Direitos Humanos e de outras organizações que preservam a memória das vítimas da ditadura, como a Comissão Arns e o Instituto Vladimir Herzog. A extinção estava marcada para junho deste ano mas, na época, a pressão de MPF e sociedade civil conseguiram suspender a reunião.

    Continua após a publicidade

    “A extinção é baseada numa equivocada interpretação da lei que criou a comissão. No meu entendimento, permanecem as obrigações para envidar esforços para encontrar os restos mortais dos desaparecidos”, opina Ivan Marx. “Indiretamente, eles até admitem que os esforços devem continuar, mas alegam que o estado pode fazer de outras formas. Só que a lei criou a CEMDP justamente para isso. É uma extinção totalmente descabida”, completa.

    O relatório que extinguiu a comissão segue agora para a assinatura de Bolsonaro, que deve aprová-lo antes do fim do seu mandato.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.