Depois do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi a vez de o chefe do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pedir desculpas à China, principal parceiro comercial do Brasil, por causa de um post feito pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em que acusava os chineses de terem contribuído para a expansão do coronavírus ao retardar a divulgação da descoberta do vírus.
Em ofício enviado ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanning, Antonio Anastasia (PSDB-MG), que preside interinamente o Senado, diz que Alcolumbre – em licença médica por causa do coronavírus – o incumbiu de fazer chegar ao presidente chinês, Xi Jinping, o ofício em que reafirma a importância da parceria entre os dois países e pede desculpas pelo incidente.
“Assim, com arrimo na sólida parceria já existente entre Brasil e China, apresento a Vossa Excelência e a todo o povo chinês, em meu nome e em nome do Congresso Nacional, nosso respeito, solidariedade e também nossas desculpas”, escreveu Anastasia (veja íntegra da nota aqui).
Um dia antes, Rodrigo Maia escreveu no Twitter que a atitude de Eduardo Bolsonaro “não condiz com a importância da parceria estratégica Brasil-China e com ritos da diplomacia”. “Em nome da Câmara dos Deputados, peço desculpas à China e ao embaixador Yang Wanning pelas palavras irrefletidas do deputado Eduardo Bolsonaro”, escreveu.
Dois dias após a polênica, Educardo Bolsonaro escreveu uma longa nota no Twitter na qual diz que não quis ofender o povo chinês e que, como parlamentar, tem o direito de propor o debate sobre qualquer assunto, inclusive sobre a responsabilidade do governo chinês no avanço do coronavírus.