A situação difícil da aliança PSB-PT para manter a hegemonia em Pernambuco
Danilo Cabral e Teresa Leitão têm uma missão difícil pela frente, segundo pesquisa do Real Time Big Data
A aliança entre PT e PSB, simbolizada pela chapa nacional com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), deve enfrentar dificuldades para vencer as eleições em Pernambuco, o estado onde a aliança está mais consolidada, segundo pesquisa divulgada pelo instituto Real Time Big Data.
De acordo com o levantamento, o candidato da chapa de esquerda, Danilo Cabral (PSB), apoiado pelo atual governador Paulo Câmara (PSB), é apenas o quarto colocado, com 10% das intenções de voto. Ele está empatado na margem de erro de três pontos para mais ou para menos com Miguel Coelho (União Brasil), que tem 10%, e com o bolsonarista Anderson Ferreira (PL), com 12%, mas atrás dos dois líderes: Raquel Lyra (PSDB), com 18%, e Marília Arraes (SD), que lidera com 27%.
Para a chapa de esquerda, não ganhar a eleição seria o fim de uma hegemonia que já dura dezesseis anos no governo pernambucano, desde que Eduardo Campos foi eleito em 2006. Campos foi reeleito em 2010 e fez de Câmara o seu sucessor em 2014 — este também se reelegeu em 2018. Hoje, segundo a mesma pesquisa, 67% dos pernambucanos desaprovam o governo de Paulo Câmara.
Completam o levantamento João Arnaldo (PSOL), Wellington Carneiro (PTB) e Jones Manoel (PCB), todos com 1%. Esteves Jacinto (PRTB), Jadilson Bombeiro (PMB) e Claudia Ribeiro (PSTU) não pontuaram. São ainda 9% de brancos e nulos e 11% que não souberam ou não responderam.
Senado
PT e PSB também não terão vida fácil na corrida por uma vaga do Senado. A mesma pesquisa coloca a candidata da chapa de esquerda, Teresa Leitão (PT), em terceiro lugar, com 10% das intenções de voto. Ela está empatada na margem de erro com o ex-ministro do governo Bolsonaro, Gilson Machado (PL), que tem 8%, e André de Paula (SD), que tem 6%. A frente do trio estão Armando Monteiro (PSDB), com 21%, e Mendonça Filho (União Brasil), com 23%.
Eugênia Lima (PSOL) fecha a lista com 1%. Nesse caso, são 14% de votos brancos e nulos, além de 17% que não sabem ou não responderam.
O Real Time Big Data ouviu 1.500 pessoas entre os dias 24 e 25 de junho e cadastrou a pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PE-06668/2022.