Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

A preocupação que assombrava Lula na cadeia virou realidade

No cárcere, o petista já fazia planos de retornar à política, pensando numa possível volta ao Palácio do Planalto

Por Da Redação 27 ago 2022, 10h15

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha pouco o que fazer nos 580 dias que ficou atrás das grades, na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, preso pela Operação Lava Jato. Entre as atividades estavam receber visitas (duas a cada quinta-feira, além da visita regular de advogados), ler livros (o petista disse que leu mais de quarenta obras durante o cárcere), assistência religiosa (tinha uma hora às segundas-feiras para receber padres, pastores, rabinos etc), fazer exercícios físicos, conceder (pouquíssimas entrevistas) e ver muita TV.

Mas mesmo vendo televisão, Lula continuava exercendo a política. Uma de suas rotinas era assistir aos programas evangélicos que pululam nas emissoras abertas de televisão, em especial no período entre a noite e madrugada. Lula tinha o costume de anotar os nomes dos pastores e prestava muita atenção ao conteúdo das pregações, como ele mesmo relatou em encontro com lideranças evangélicas logo após ter saído da prisão.

O petista dizia a aliados que era preciso ficar atento ao que eles diziam, porque tinha a convicção que entendê-los seria fundamental para vencer qualquer eleição que se disputasse no Brasil, em especial a presidencial. Mesmo preso, o petista já pensava em retornar ao palco da política nacional e sabia que o seu sucesso dependeria de como se relacionaria com esse segmento do eleitorado.

Pois o que Lula imaginava está de fato acontecendo. Os evangélicos são hoje uma das principais preocupações da campanha do petista, porque a maioria desse eleitorado está com Jair Bolsonaro (PL) – segundo a última pesquisa Datafolha, o presidente tem 49% nesse segmento contra 32% do ex-presidente.

Continua após a publicidade

Apesar de Lula ter dedicado especial atenção aos pastores televisivos, o petista não conseguiu se aproximar das principais lideranças, hoje fechadas com Bolsonaro. A sua estratégia tem sido a de investir no discurso econômico, já que boa parte do eleitorado evangélico é das classes mais baixas e sente mais o efeito das crises, e em estratégias para rebater fake news e discursos em torno da pauta de costumes, como aborto e liberalização das drogas.

A preocupação que rondava Lula na cadeia ganhou forma fora dela.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.