A nova campanha pelo voto útil em Lula
Ofensiva para vitória em primeiro turno inclui ampliação dos apoios declarados ao petista e críticas contundentes ao governo Bolsonaro
A coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência tem intensificado a ofensiva para uma vitória do petista já em primeiro turno contra Jair Bolsonaro (PL) — o que incluiu uma ampliação da investida de interlocutores da sociedade civil.
O Prerrogativas, grupo de advogados pró-Lula responsável por grande parte da articulação do petista no meio jurídico, lançou nesta quarta-feira, 21, uma campanha própria em defesa do voto útil. A empreitada envolve o endosso de personalidades como o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (PSDB) e de Miguel Reale Jr., ministro da Justiça do governo de Fernando Henrique Cardoso e um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Liderado pelo advogado Marco Aurélio Carvalho, o grupo — que conta com advogados, juristas, professores de direito e de carreiras jurídicas — divulgou uma carta que prega o voto em Lula no primeiro turno como forma de “conter de uma vez por todas as bravatas golpistas que ameaçam a democracia brasileira” e o “desastre” do governo Bolsonaro.
A “inaptidão, insensatez e desonestidade” do atual presidente, inclusive, têm sido exploradas nas peças publicitárias. Tendo à frente uma figura que se apresenta como “conciliadora e pacificadora” (Lula), o objetivo é reforçar a comparação entre o Brasil que se tem hoje — caótico, desgovernado — e aquele que pode vir a existir com um novo governo do petista.
Na mais recente propaganda da campanha, o eleitor é confrontado com um Brasil que passa pelos “momentos mais difíceis de sua história” — com desemprego, fome, violência, desmatamento, inflação e retração da economia.
“Tudo isso é consequência de uma gestão desumana, irresponsável e incompetente, que não tem nenhum respeito pelas instituições”, diz a peça.
“Está nas mãos de cada um de nós o poder de mudar essa realidade. E isso pode ser feito com um gesto simples. Faça do seu voto um veto. Não deixe Bolsonaro chegar ao segundo turno”, encerra o comercial.
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