A expressiva comitiva bolsonarista para a posse de Javier Milei
Ex-presidente lidera grupo que tem a primeira-dama Michelle, o filho Eduardo, ex-ministros como Gilson Machado e Fabio Wajngarten, além de vários deputados
Na ausência de Luiz Inácio Lula da Silva, a posse marcada para domingo, 10, do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, terá uma comitiva brasileira extraoficial, composta pelo ex-mandatário brasileiro Jair Bolsonaro e um grupo extenso de aliados que inclui governadores, deputados, assessores, filhos e a mulher, Michelle Bolsonaro. Na contramão, sem a participação de Lula nem do vice, Geraldo Alckmin, o governo petista será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e auxiliares.
O ex-presidente brasileiro já está em Buenos Aires. Na manhã desta sexta, 8, ele se reuniu com Milei e apoiadores em um hotel na capital argentina. Os dois se aproximaram durante a campanha, quando o então candidato argentino chamou Lula de “corrupto” e “comunista” e ainda afirmou que não teria relações com o petista, caso eleito.
Depois do encontro, segundo o jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro afirmou que a conversa foi “entre amigos” e provocou Lula, dizendo que o chamaria para ser seu futuro ministro de Turismo, em referência às constantes viagens do petista.
Entre os políticos que o acompanharam no encontro estavam os presidentes nacionais do PP, Ciro Nogueira; e do PL, Valdemar da Costa Neto; o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro, o ex-ministro Gilson Machado e o assessor Fabio Wajngarten. Até domingo, outros bolsonaristas como os deputados Carla Zambelli (PL-SP), Ricardo Salles (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Hélio Lopes (PL-RJ) deverão se juntar ao grupo. Também são esperados os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO) e Jorginho Mello (PL-SC),.
A disposição de firmar laços com o país vizinho marca uma mudança de postura de Bolsonaro. Durante seus quatro anos de mandato, o ex-presidente não manteve qualquer tipo de relação com Alberto Fernández, aliado de Lula e comandante da Argentina até domingo e que era ligado ao grupo kirchnerista, de esquerda.
Apesar das críticas feitas a ele durante a campanha, Lula desejou “sorte e êxito” ao novo presidente argentino em mensagem oficial divulgada após o resultado das eleições, em 19 de novembro. O texto, no entanto, não citava o nome do vencedor, considerado de extrema direita.