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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A confusão de Bolsonaro sobre acusação de defender estuprador

O presidente respondeu de forma agressiva a uma pergunta de Simone Tebet

Por Da Redação Atualizado em 29 ago 2022, 14h55 - Publicado em 29 ago 2022, 13h54

No debate presidencial deste domingo, 28, na TV Bandeirantes, o presidente Jair Bolsonaro se confundiu ao ouvir uma pergunta da candidata do MDB, Simone Tebet, e classificou como fake news uma acusação que, na verdade, não foi feita pela emedebista contra ele.

Depois do ataque de Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães, Tebet questionou o presidente a respeito de sua “raiva” contra as mulheres, lembrando que, como deputado, ele “defendeu um assassino de uma mulher” e “um torturador de mulheres, assim mesmo, no plural”. Bolsonaro, ao responder, disse que nunca defendeu um “estuprador” – termo que Simone Tebet não usou na pergunta. “Começa dizendo que eu defendi um estuprador. Qual estuprador? Por que essa forma barata de me acusar, como se eu não gostasse de mulheres?”, disse o candidato à reeleição.

Além da já conhecida admiração de Bolsonaro em relação ao coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi e notório torturador da ditadura militar, a senadora do MDB se referia em sua pergunta ao caso do ex-deputado Talvane Albuquerque, mandante do assassinato da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL), em 1998, ao citar a defesa de Bolsonaro a um “assassino de uma mulher”.

Albuquerque era suplente de Ceci e se beneficiaria pela morte dela. Acusado de ser o mandante do crime pelo pistoleiro Maurício Novaes, o “Chapéu de Couro”, que executou a deputada e três familiares dela, Albuquerque foi condenado em 2012 a 103 anos de prisão. Em 1999, no dia da votação que cassou seu mandato na Câmara, Albuquerque foi defendido pelo então deputado Jair Bolsonaro, do PPB (atual PP).

O relatório que pedia a perda do mandato de Albuquerque não tratava do mérito da participação dele nos assassinatos, mas, sim da quebra de decoro parlamentar pelo fato de o parlamentar ter mantido contatos com Chapéu de Couro.

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“Em toda minha vida parlamentar não conversei por mais de dez segundos com o deputado Talvane Albuquerque. Não tenho absolutamente nenhum contato, nenhum grau de amizade com Sua Excelência, mas fico com minha consciência pesarosa de votar pela cassação desse parlamentar, porque amanhã qualquer um de nós pode estar no lugar dele”, disse Bolsonaro, o único deputado que falou na sessão a favor da preservação do mandato de Albuquerque. Ele foi cassado com um placar de 425 votos favoráveis, 29 contrários, 21 em branco e uma abstenção.

“É mais do que uma cassação de mandato. Praticamente estamos condenando o deputado Talvane Albuquerque por ser o mentor ou autor do assassinato de uma companheira – e não concordo com o assassinato de ninguém nesta Casa. Estamos condenando Sua Excelência por ter tido contato com um cidadão, um elemento que foi marginal no passado, e que, pelo que me consta, tinha livre trânsito pelo Brasil. Mas quem aqui nunca teve contato ou conversou com um marginal?”, reiterou o atual presidente.

Ao encerrar sua manifestação, em sessão comandada pelo então presidente da Câmara, Michel Temer (MDB-SP), Jair Bolsonaro disse que não dormiria em paz caso não fizesse a defesa de Talvane Albuquerque aos colegas no plenário. “Peço aos meus eleitores, que ouvem através da TV Câmara, que, por favor, me entendam: não estou defendendo um marginal nem quero acusar um inocente de absolutamente nada. Esta é apenas minha posição. Eu não poderia dormir em paz se não falasse neste momento por alguns minutos”.

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