75% dos brasileiros rejeitam influência de familiares no governo
Número consta em pesquisa CNT divulgada nesta terça, 26; entrevistados também consideram que Carlos Bolsonaro influenciou queda do ministro Gustavo Bebianno
Aprovado em seu desempenho pessoal por 57,5% do eleitorado brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) talvez tenha que ter discussões familiares se pretender manter esse índice, constatado em pesquisa do instituto MDA a pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT), nos próximos levantamentos.
Isto porque, segundo a mesma pesquisa, três a cada quatro brasileiros questionados são contra influências de familiares do presidente em assuntos de governo. Desde o início do governo, os filhos políticos do presidente tem atuado em público e nos bastidores, inclusive participando de reuniões governamentais.
O momento mais destacado dessa influência aconteceu na semana passada, quando o advogado Gustavo Bebianno foi demitido do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência após ser chamado de mentiroso em mensagem compartilhada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC) nas redes sociais.
Ao todo, 73,3% dos eleitores acreditam que Carlos foi o responsável pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de demitir Bebianno. A exoneração do ex-ministro é apoiada por 54,5% dos eleitores pesquisados.
Além do vereador, conhecido por influenciar o presidente na área de comunicação, outro filho que tem exercido um papel de destaque é o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que vem participando ativamente da estratégia internacional do governo e do clã familiar. Envolto em suspeitas contra ex-assessores seus na Assembleia do Rio, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) tem tido atuação mais discreta nas últimas semanas.