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Por que mães brasileiras levam mais tempo que Kate para sair do hospital

Na Inglaterra, a mulher pode voltar para casa seis horas após o parto normal. Mas recebe visitas domiciliares por 21 dias

Por Fabiana Futema Atualizado em 23 abr 2018, 16h14 - Publicado em 23 abr 2018, 15h36

A duquesa de Cambridge, Kate Middleton, deu entrada no Hospital St Mary, em Paddington, na Inglaterra, hoje de manhã. Deu à luz um menino logo depois. E sete horas depois voltou para casa, sorrindo e carregando seu bebê no colo.

Kate teve um parto normal, assim como foi no nascimento dos dois primeiros filhos: George e Charlotte. Se fosse tivesse dado à luz no Brasil, dificilmente ela sairia do hospital no mesmo dia. A portaria 2.068/2016, do Ministério da Saúde, diz que mães e bebês poderão voltar para casa 24 horas após o nascimento, desde que ambos estejam em boas condições de saúde. A portaria anterior, de 1993, ampliava o prazo para a alta hospitalar para 48 horas. No caso de nascimento por cesárea, a alta costuma ocorrer após 72 horas de internação.

A médica Maria Helena Bastos, com doutorado em parteria e saúde da mulher, conhece de perto o sistema inglês de assistência ao parto. Ela fez mestrado e doutorado na Inglaterra, onde escreveu trabalhos científicos sobre qualidade na assistência obstétrica.

“Normalmente, que tem parto normal em hospital na Inglaterra pode ir para casa 6 horas após dar à luz. No caso da cesariana, a mulher fica internada lá por cinco dias, enquanto aqui leva mais tempo”, disse ela.

Segundo a médica, o fato de Kate ir tão cedo para casa não significa que ela receberá menos atenção médica. “Ela terá uma parteira totalmente dedicada a ela no pós-parto, assim como foi no pré-natal, com visitas domiciliares por até 21 dias.”

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A especialista diz que esse atendimento é universal lá. “O sistema de atenção ao parto lá é totalmente integrado à rede de saúde. Seja princesa ou lavadeira, todas têm esse modelo de atenção com uma parteira dedicada a ela.”

Maria Helena afirma que não há evidências científicas de que é melhor manter mãe e bebê internados no hospital por mais tempo. “O sistema de atenção à saúde de lá funciona priorizando a atenção comunitária de saúde, o atendimento da família.”

O ginecologista César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), diz estranhar esse sistema de alta hospitalar inglês após o parto. “No Brasil, não é comum que a alta se dê em tão pouco tempo.”

Segundo ele, a internação se prolonga para observar a evolução clínica da mãe e do bebê. “O objetivo é verificar se está tudo bem ou se acontece alguma intercorrência. Se tudo correr, a mãe sai do hospital em 24 horas.”

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