Em meio às discussões mercuriais que dominam o Supremo (os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes quase se estapearam há pouco), e diante do agendamento para amanhã do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, importante não perder de vista que: uma coisa é uma coisa, isto é, a prisão depois da segunda instância.
Ok, é fato que deixar essa gente em liberdade devolve o Brasil às mãos de quem segue roubando, por certeza de não ser punido.
Mas: outra coisa é a inelegibilidade dele. E essa, até aqui, parece certa por causa da lei da ficha limpa.
No fim das contas, quem vai decidir se ele pode ou não se candidatar é o Tribunal Superior Eleitoral.
O presidente até agosto é Luís Fux, que jamais deixou dúvida. Quem foi condenado (ainda que “só” em segunda instância) está banido da política.
A sucessora dele será Rosa Weber.
Ela tem se manifestado contra a prisão antes do julgamento dos recursos nos tribunais de Brasília, mas tem sido zero tolerante com a corrupção.
Muita gente quer ver Lula atrás das grades.
Outros, porém, dão mais importância ao seguimento rigoroso da regra que afeta todo o País: a que proíbe um corrupto – no caso dele, condenado por unanimidade por quatro magistrados – de se candidatar a qualquer cargo para todo o sempre. Preso ou não.