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Sou muito mais a jabuticaba do que o kiwi

Mil vezes os problemas do Brasil à força de uma China autocrática, onde impera a censura e é proibido divergir.

Por Lillian Witte Fibe Atualizado em 2 nov 2017, 12h20 - Publicado em 1 nov 2017, 22h47
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  • Admirada, elogiada e cada vez mais respeitada pela pujança econômica, a China segue alargando rapidamente seu espaço entre os mais influentes líderes globais.
    É tentador sentir uma pontinha de inveja de uma nação que responde pelo segundo maior PIB do mundo, cresce 7% ao ano, e persegue febrilmente a alta tecnologia.
    Nos últimos 15 dias, vimos a China, com grande competência de marketing, divulgar para o Ocidente os feitos do congresso quinquenal de seu Partido Comunista.
    A autocracia do presidente Xi ficou mais autocrática. O regime de governo fechou-se mais em torno de seu líder supremo.
    Pois então.
    Com todos os nossos enormes problemas, da violência inaceitável à roubalheira de dinheiro público idem, passando pela pior recessão da história – da qual mal e mal começamos a sair – mil vezes o Brasil à China.
    Não cobiço nem desejo o modo de vida de um cidadão que não pode se expressar com liberdade nem tem direito à defesa.
    Exemplo: a grande campanha de combate à corrupção que o governo da China diz estar em curso já teria punido 1,34 milhão de funcionários públicos em 5 anos, segundo dados oficiais, aqui consolidados pela BBC: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-41733390
    O acesso à informação, no entanto, é restrito a uma única versão oficial. Observadores internacionais argumentam que, sob a bandeira de aumentar a credibilidade do Partido Comunista, a campanha, na verdade, é também um expurgo de opositores. Suspeitos de deslealdade são meramente mandados para a cadeia. Sabe-se lá quais métodos de tortura e eventual interrogatório são usados.
    Aqui, outro dia mesmo, quase voltamos aos tempos da escravatura.
    A sociedade tanto protestou, que o Supremo Tribunal Federal liminarmente abortou a portaria do governo, que se calou.
    Ressalte-se: o protesto foi possível. Ressalte-se: o Poder Judiciário, que também está cheio de problemas, existe.

    Na China, é proibido divergir do governante supremo.
    Por isso, entre o kiwi (declarado o fruto nacional chinês), e a nossa jabuticaba, fico com ela.
    Potência global assim?

    Prosperidade e/ou “livre mercado” sem liberdade de imprensa e com censura inclusive à internet?
    Não obrigada.

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