Estádio do Corinthians, futebol americano, caças suecos, montadoras asiáticas, Frei Chico, Nestor Cerveró e – claro – ela, a onipresente Odebrecht (dessa vez, sobre a África, via BNDES).
As palavras-chave que compõem o cipoal de investigações, processos e denúncias envolvendo o ex-presidente Lula são mais que variadas.
E sempre falta algo como tríplex, sítio etc.
Por mais que a gente saiba e tente acompanhar, é impressionante o resultado de uma revisão básica da folha corrida do franco favorito do eleitorado à eleição presidencial no ano que vem.
Aos 72 anos, e depois de vencer um delicado câncer de laringe, Lula mostra que carisma é carisma, e que não tem pra ninguém.
A tese de perseguição pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba, segue se enfraquecendo.
Já são 3 os juízes que o têm como réu. Dois deles em Brasília.
E porque a gente nem sempre se lembra de tanta ilicitude investigada, não custa lembrar ainda que, desde julho, uma força tarefa da Lava Jato criada em São Paulo examina mais três pedidos de inquérito contra o candidato Lula.
Um sobre favorecimento ao filho dele, Luiz Cláudio, para a criação de uma liga de futebol americano no Brasil, outro sobre pagamento de mesada ao um irmão, Frei Chico, e mais um sobre a construção do estádio do Corinthians.
Sei não, mas, enquanto o PT centra esforços em mapear a estratégia eleitoral a partir da decisão da segunda instância de Porto Alegre, em 24 de janeiro (referente à condenação por propina em apartamento de Guarujá), novas dores de cabeça podem surpreender a militância.
Estariam no forno da vara federal de Brasília as sentenças sobre dois dos tantos processos contra Lula.
Ambos em mãos de juízes que, definitivamente, não têm dado demonstração de leniência, tampouco de tolerância, em relação ao crime organizado e à corrupção.
2018 promete fortes emoções à família da vítima Lula e a seus seguidores.