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Para entender a endometriose

Ser portadora de endometriose não é mais razão de desespero, pois, hoje, essa é uma patologia controlável e até mesmo curável

Por Marianne Pinotti
Atualizado em 19 abr 2017, 16h01 - Publicado em 19 abr 2017, 12h06
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  • Endometriose, palavrinha assustadora! Trata-se de patologia que se define pelo implante de células endometriais (tecido que menstruamos mensalmente) fora da cavidade uterina, mais comumente nos ovários, trompas e peritônio. Mas pode também acontecer na bexiga e no intestino.

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    O endométrio é o órgão que recobre a cavidade uterina, como se fosse uma almofada, é o tecido que descama a cada menstruação e tem a função nobilíssima de receber o bebê assim que é concebido. Por isso, sua integridade é fundamental para a gestação acontecer. Mas ele deve ficar em seu lugar, pois quando suas células migram surgem problemas, já que elas “sangram”.

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    Possíveis explicações

    Existem várias teorias para explicar a ocorrência da endometriose. A mais conhecida é a chamada menstruação retrógrada, onde o sangue menstrual reflui pelas trompas, caindo na cavidade abdominal q as células se desenvolvem. Outras hipóteses são erros no desenvolvimento embrionário e, segundo pesquisas mais recentes, questões imunológicas e até a participação de células tronco.

    Seus sintomas são principalmente dor e, em alguns casos, esterilidade.

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    Diagnóstico

    Fazemos o diagnóstico através da história clínica de menstruações dolorosas, dor pélvica crônica e dificuldade de engravidar. No exame ginecológico confirmamos a dor e sinais de aderências. A ecografia transvaginal mostrará imagens suspeitas para a doença e a ressonância magnética mapeia com detalhes a localização e tamanho dos focos, e deve ser usada para programação cirúrgica. Além desses, o marcador tumoral Ca 125 pode estar aumentado, fortalecendo nossa suspeita.

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    Mas, vamos ao que interessa! Depois dessa suspeita, que angustia qualquer mulher, é importante esclarecer que temos disponível um arsenal muito vasto de tratamentos, e que curamos a maioria dos casos que aparecem!

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    Existe tratamento!

    O tratamento inclui cirurgia, que com o advento da laparoscopia (cirurgia realizada através da introdução de uma câmera pela cicatriz umbilical e outros instrumentos por pequenas incisões no abdômen) na década de 70, melhorou muito, tanto em resultados quanto em conforto. Ela visa, em primeiro lugar, o diagnóstico definitivo, que necessariamente é realizado através de biópsia e da retirada e cauterização de todos os focos visíveis de implantes endometriais.

    Após a cirurgia, há alguns caminhos a escolher. Temos que bloquear com hormônios a volta dos focos da doença, este pode ser uma progesterona, nos casos mais simples, ou um Análogo de GnRH para os mais graves. Este bloqueio dura, em geral, de 6 a 12 meses e é aconselhável a paciente tentar engravidar, se for seu desejo, logo após o tratamento hormonal.

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    Não podemos simplificar demais, porém, nos dias de hoje, ser portadora de endometriose não é mais razão de desespero, pois essa é uma patologia curável, na maioria das vezes, e controlável, sempre.

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