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Próteses customizadas: inovação para quem tem artrose no joelho

Impressas em 3D e fabricadas sob medida para cada paciente, peças têm melhor encaixe, durabilidade prolongada e maior proximidade do movimento natural

Por Marcos Cortelazo*
11 abr 2024, 14h26

Os casos de artrose, um processo degenerativo nas articulações, seguem em alta no mundo, mas estratégias inovadoras têm surgido para contribuir com o tratamento da condição e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Um dos melhores exemplos, já disponível no Brasil, é uma nova geração de próteses de joelhos, impressas em 3D e completamente personalizadas para cada paciente.

Tais próteses customizadas aprimoram os resultados e prognóstico da artroplastia, procedimento de substituição da articulação afetada pela artrose. Ela é necessária quando o tratamento conservador não é eficaz e a qualidade de vida do paciente está severamente comprometida por dor, restrição dos movimentos e deformidades.

Apesar das taxas elevadas de sucesso do procedimento, muitos pacientes se dizem insatisfeitos com o resultado por apresentarem dor, rigidez e inchaço da região. Isso acontece porque as próteses de joelho tradicionais são idênticas para todas as pessoas, com variação apenas no tamanho. Dessa forma, para um encaixe perfeito, é necessário, muitas vezes, realizar grandes cortes no fêmur e na tíbia

Aí surgem as novas próteses como alternativa, pois são produzidas com base em imagens de tomografia computadorizada que permitem que o médico analise o tamanho, o formato e a posição dos ossos do joelho, garantindo um encaixe perfeito. Isso se traduz em uma cirurgia mais rápida, com menor necessidade de cortes ósseos e maior facilidade na hora de posicionar a prótese.

É uma tecnologia recente, com uso ainda restrito, pois as próteses precisam ser importadas e levam algum tempo para serem fabricadas. Mas, a longo prazo, devem garantir maior satisfação ao paciente no pós-operatório, pois, além de replicarem melhor o movimento articular do joelho real, as próteses de joelho personalizadas devem durar mais justamente por encaixarem com maior acurácia. Atualmente, as próteses convencionais resistem, em média, 20 anos.

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A expectativa é que esses novos dispositivos se tornem mais acessíveis e utilizados no futuro, assim como vem acontecendo com a cirurgia robótica, que é outro grande avanço no tratamento da artrose. Essa tecnologia consiste no uso de um robô controlado pelo cirurgião que facilita a visualização e o planejamento da cirurgia, aumenta a precisão e reduz a agressão tecidual, com melhores resultados a longo prazo.

Mas, apesar de serem indicadas na maior parte dos casos em que a artroplastia total é necessária, as próteses de joelho customizadas não são recomendadas em todas as situações, como para pacientes que já apresentam perda óssea ou deformações severas. Por isso, é importante não adiar a artroplastia para que as deformidades não piorem, assim impossibilitando a utilização dessa tecnologia inovadora.

* Marcos Cortelazo é ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Latino-americana de Artroscopia, Joelho e Esporte (SLARD) e da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Medicina do Esporte (ISAKOS)

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