Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Letra de Médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil
Continua após publicidade

O HPV e a vacinação: a importância do reforço da informação

A vacina contra o HPV é considerada a mais relevante estratégia para prevenção dos cânceres de colo uterino, vulva, pênis, ânus e orofaringe

Por Fernando Maluf
Atualizado em 8 dez 2020, 14h21 - Publicado em 4 out 2017, 13h35

A vacina contra o HPV foi incluída no Calendário Nacional de Imunização em 2014 e o governo brasileiro a considera, em concordância com outros países, a mais relevante estratégia para prevenção dos cânceres de colo uterino, vulva, pênis, ânus e orofaringe. No entanto, a desinformação e o preconceito têm impedido que as metas de imunização sejam alcançadas, comprometendo o sucesso do programa e mantendo em risco gerações de brasileiros que poderiam evitar uma série de doenças graves com apenas duas injeções.

A vacina tem a capacidade de imunizar as crianças, protegendo, com ação dos anticorpos, contra o primeiro contato contra o HPV. E, mais uma vez, por que imunizar as crianças? Calcula-se que entre 30% a 70% das pessoas sexualmente ativas estejam infetadas por pelo menos um tipo do vírus. A vacina impede, ainda, infecções secundárias ao vírus, as lesões pré-malignas decorrentes das infecções e, por fim, os tumores das regiões acima citadas.

HPV no Brasil e no Mundo

Só neste ano, aqui no Brasil, 17.000 mulheres devem receber o diagnóstico de câncer de colo de útero, a 4ª maior causa de morte entre as brasileiras. No mundo, os HPVs são responsáveis por cerca de 250.000 óbitos pela doença a cada ano. Nos Estados Unidos, já é o principal desencadeador de câncer de orofaringe. Aqui no país, é cada vez mais evidente o papel das infecções pelo vírus como causa de tumores de cabeça e pescoço.

Eficácia comprovada

Recentemente, dois importantes estudos internacionais comprovaram a importância da vacinação. A primeira destas pesquisas, publicada no Journal of the National Cancer Institute, mostrou que o efeito da vacina contra o HPV pode ser mais amplo do que se pensava. A vacina contra o HPV protege contra dois subtipos do vírus, o 16 e o 18, que aumentam o risco de câncer. Essa análise revelou, no entanto, que a incidência de outros subtipos oncogênicos, como 35, 52, 58, 68 e 73, foi muito menor em pessoas vacinadas do que nas que não foram imunizadas. O levantamento foi feito com 21.596 mulheres.

Continua após a publicidade

Outro estudo, envolvendo 2.627 homens e mulheres entre 18 e 33 anos, avaliou o papel da vacina na diminuição da infecção oral por HPV. Em relação ao grupo não vacinado, o grupo imunizado teve um porcentual de infecções 88% menor. Este foi um dos primeiros estudos que mostram uma redução significativa da infecção pelo HPV numa população jovem vacinada. E é uma prova que, talvez, a redução da infecção possa ser uma arma potente para a diminuição do câncer de cabeça e pescoço.

Recomendações gerais de imunização

O governo tem ampliado a abrangência da campanha segundo os estoques nos Estados, mas não podemos nos esquecer das recomendações gerais de imunização: meninos na faixa etária de 11 a 13 anos e meninas de 9 a 14 anos devem tomar duas doses, sendo aplicadas com intervalo de seis meses entre elas. Homens e mulheres de 9 a 26 anos, vivendo com HIV podem ser imunizados, bem como os transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos de 9 a 26 anos.

Vencer as metas da vacinação contra o HPV é um grande passo e estimula a sociedade a brigar por melhores condições de rastreamento, diagnóstico e tratamento destes tipos de câncer.

Continua após a publicidade

 

O HPV e a vacinação: a importância do reforço da informação
(Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

 

Quem faz Letra de Médico

Adilson Costa, dermatologista
Adriana Vilarinho, dermatologista
Ana Claudia Arantes, geriatra
Antonio Carlos do Nascimento, endocrinologista
Antônio Frasson, mastologista
Artur Timerman, infectologista
Arthur Cukiert, neurologista
Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião
Bernardo Garicochea, oncologista
Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
Claudio Lottenberg, oftalmologista
Daniel Magnoni, nutrólogo
David Uip, infectologista
Edson Borges, especialista em reprodução assistida
Fernando Maluf, oncologista
Freddy Eliaschewitz, endocrinologista
Jardis Volpi, dermatologista
José Alexandre Crippa, psiquiatra
Ludhmila Hajjar, intensivista
Luiz Rohde,
psiquiatra
Luiz Kowalski, oncologista
Marcus Vinicius Bolivar Malachias, cardiologista
Marianne Pinotti, ginecologista
Mauro Fisberg, pediatra
Miguel Srougi, urologista
Paulo Hoff, oncologista
Paulo Zogaib, medico do esporte
Raul Cutait, cirurgião
Roberto Kalil, cardiologista
Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
Salmo Raskin, geneticista
Sergio Podgaec, ginecologista
Sergio Simon, oncologista

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.