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Gestação e dengue: por que falar sobre este assunto?

Grávidas podem desenvolver quadro mais grave da doença e afetar o feto. Vacinas são contraindicadas, e por isso, o cuidado deve ser redobrado

Por *Rosana Richtmann
Atualizado em 1 mar 2024, 23h02 - Publicado em 1 mar 2024, 14h16

A dengue é uma doença viral transmitida pela picada da fêmea de mosquitos infectados do gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti. O quadro clínico pode variar desde a forma assintomática até a dengue grave, e evoluir para o óbito. Quando uma mulher grávida é infectada com o vírus da dengue, existem alguns riscos adicionais a serem considerados devido às mudanças fisiológicas e do seu sistema imune, levando a possíveis complicações para ela, para o feto e para o recém-nascido.

Segundo dados do Ministério da Saúde e do Portal de Boas Práticas, da Fiocruz, mulheres grávidas têm um risco cinco vezes maior de desenvolver a forma grave da doença do que as não gestantes. Os sintomas clínicos da doença na grávida não diferem muito, mas um dos principais sinais para ficar atenta é se ocorrer qualquer tipo de sangramento ao término do período febril, que pode ocorrer entre o 3°e 7°dia de doença. Este é um sinal de alarme e, diante desse quadro, deve-se buscar imediatamente atendimento médico.

Outra informação muito importante é que, diferentemente da infecção causada pelo Zika vírus, a dengue muito raramente está relacionada à malformação fetal.

Riscos

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Entre as complicações para a mãe, existe o risco aumentado de desenvolver formas mais graves da doença, como a dengue grave, anteriormente chamada de dengue hemorrágica. Já para o feto, a infecção durante a gravidez pode aumentar o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer e, até mesmo, aborto espontâneo, se a ocorrência for no primeiro trimestre da gestação.

Prevenção

A prevenção é ainda a melhor forma de combater a dengue. Começando pela redução de exposição aos mosquitos, com o uso de repelentes adequados (dar preferência a produtos com icaridina), vestir roupas claras e de manga comprida, evitar o uso de perfumes, colocar telas em janelas e portas para evitar a entrada dos insetos. O controle dos mosquitos também é muito importante, com a eliminação de criadouros e a consequente redução de locais de reprodução do mosquito, acabando com qualquer água parada onde possam depositar seus ovos, como recipientes de água, vasos de plantas, entre outros.

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O cuidado durante o pré-natal é essencial. Se as mulheres grávidas apresentarem qualquer sintoma de dengue, como febre, dor de cabeça, dor muscular e erupção cutânea, devem buscar atendimento médico para averiguar a necessidade ou não de cuidados especiais. Caso a gestante contraia a doença, é importante manter-se bem hidratada e descansar adequadamente, seguindo as orientações médicas.

A vacina não é uma opção para as grávidas já que todos os imunizantes licenciados até o momento são contraindicados para as gestantes e mulheres que estão amamentando, por serem vacinas de vírus vivo atenuado. Uma mulher em idade fértil pode receber a vacina contra dengue, desde que aguarde 30 dias para engravidar.

Para finalizar, é essencial que as mulheres grávidas estejam cientes dos riscos associados à dengue e tomem medidas preventivas adequadas para protegerem a si mesmas e aos seus bebês durante a gravidez. Em caso de dúvidas ou preocupações, é fundamental consultar um profissional de saúde.

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*Rosana Richtmann é médica infectologista e Chefe do Departamento de Infectologia do Grupo Santa Joana

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