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Febre oropouche: que vírus é esse que dá as caras no Brasil?

Doença é transmitida por mosquitos e sintomas podem ser confundidos com dengue. Avanço pelo Brasil já ultrapassa fronteiras do Norte do país

Por Leonardo Weissmann*
Atualizado em 9 Maio 2024, 11h38 - Publicado em 4 mar 2024, 09h22
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  • oropouche
    Transmissor do Oropouche: casos se concentram na região amazônica no Brasil (Foto: United States Department of Agriculture/Reprodução)

    Identificado pela primeira vez em Trinidad e Tobago em 1955, o vírus Oropouche tem se mostrado um desafio para a saúde pública em vários países da América do Sul, incluindo o Brasil. Porém, a situação atual é particularmente preocupante.

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    A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas registrou 1 674 casos somente nos primeiros dois meses de 2024, superando significativamente os 995 casos reportados no ano anterior. A detecção de um caso no Rio de Janeiro, envolvendo um indivíduo que recentemente visitou o Amazonas, destaca como o vírus pode facilmente se espalhar para além de suas áreas endêmicas habituais.

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    A transmissão do Oropouche ocorre principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim. O vírus pode circular entre mosquitos e hospedeiros vertebrados, como macacos e seres humanos, possibilitando sua persistência em áreas selvagens e sua introdução em zonas urbanas. O desmatamento, as mudanças ambientais e a mobilidade humana contribuem para a ampliação das áreas vulneráveis à disseminação do vírus.

    A ausência de imunidade em populações não expostas anteriormente ao Oropouche, combinada com a falta de vacinas ou terapias antivirais específicas, coloca em risco a saúde de muitos.

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    A febre do Oropouche distingue-se pelo seu rápido aumento de casos e pelos sintomas que podem ser confundidos com outras doenças febris, como dengue e chikungunya. Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, perda do apetite, tontura, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Em alguns casos, a doença pode evoluir para meningite, mas a convalescência é geralmente completa, sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.

    O diagnóstico é realizado por meio de testes laboratoriais específicos que identificam a presença do vírus ou dos anticorpos produzidos em resposta à infecção. É crucial que os profissionais de saúde considerem a possibilidade de Oropouche ao avaliar pacientes com febre em áreas conhecidas por surtos do vírus.

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    Não existe tratamento antiviral específico. Recomenda-se repouso, hidratação adequada e uso de medicamentos para alívio dos sintomas. Embora a recuperação geralmente ocorra dentro de uma semana, é essencial procurar atendimento médico imediato ao identificar sintomas da doença, para evitar possíveis complicações.

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    A prevenção da febre do Oropouche é essencial, centrando-se no controle dos mosquitos vetores e na educação da população sobre medidas de proteção. É importante eliminar potenciais criadouros de mosquitos, como águas paradas em residências, e adotar práticas como o uso de repelentes e a instalação de telas de malha fina em janelas e portas.

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    A conscientização sobre os sintomas da doença e as estratégias de prevenção é vital para reduzir a incidência de novos casos e evitar surtos. A cooperação comunitária e o suporte de programas de saúde pública são fundamentais para combater o avanço do Oropouche, enfatizando a necessidade de vigilância contínua e esforços de prevenção.

    * Leonardo Weissmann é médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e professor da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) – Campus Guarujá

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