Conheça a nova técnica que aumenta as chances de gestação nos tratamentos de fertilização in vitro
Desde o sucesso da primeira fertilização in vitro, em 1978, as técnicas de reprodução assistida avançaram consideravelmente. Apesar desses avanços, 70 a 80% dos embriões produzidos em laboratório falham ao tentar se fixar no útero e iniciar uma gestação. Essa baixa eficiência contribui para a prática comum de transferência de mais de um embrião por […]
Desde o sucesso da primeira fertilização in vitro, em 1978, as técnicas de reprodução assistida avançaram consideravelmente. Apesar desses avanços, 70 a 80% dos embriões produzidos em laboratório falham ao tentar se fixar no útero e iniciar uma gestação.
Essa baixa eficiência contribui para a prática comum de transferência de mais de um embrião por ciclo de tratamento, levando à ocorrência de gestação múltipla, principal causa de complicações para a mãe e para os bebês. Estão entre as complicações a hipertensão, pré-eclâmpsia, diabetes, prematuridade, baixo peso ao nascer, morte perinatal, etc..
Os métodos atuais de selecionamento baseiam-se na morfologia e ritmo da divisão embrionária, e são pouco eficientes para predizer a capacidade funcional desses embriões.
A comunidade científica vem tentando desenvolver tecnologias para melhorar essa seleção. Isto é, recursos laboratoriais que nos permitam escolher o melhor embrião com maior potencial de implantação e gestação.
Um recurso cada vez mais utilizado em todas as áreas da ciência é a espectrometria de massas, que é a identificação de pequenas substâncias presentes em células e tecidos.
Em um trabalho publicado recentemente na revista Journal Assisted Reproduction and, september 2016), estudamos a expressão proteica (proteômica) das células que rodeiam o óvulo (células do cumulus) pela espectrometria e sua relação com a viabilidade embrionária.
Descobrimos dezenove proteínas que estavam presentes exclusivamente nos embriões que implantaram e dezesseis naqueles embriões que não foram capazes de se fixar no útero.
Esses resultados são bastante promissores, e o entendimento da proteômica dessas células que estão intimamente ligadas aos óvulos demostrou ser um biomarcador eficiente que aumentará significativamente nossa capacidade de escolha do melhor embrião.
Quem faz Letra de Médico
Adilson Costa, dermatologista
Adriana Vilarinho, dermatologista
Ana Claudia Arantes, geriatra
Antônio Frasson, mastologista
Artur Timerman, infectologista
Arthur Cukiert, neurologista
Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião
Bernardo Garicochea, oncologista
Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
Claudio Lottenberg, oftalmologista
Daniel Magnoni, nutrólogo
David Uip, infectologista
Edson Borges, especialista em reprodução assistida
Enis Donizetti Silva, anestesiologista
Fernando Maluf, oncologista
Freddy Eliaschewitz, endocrinologista
Jardis Volpi, dermatologista
José Alexandre Crippa, psiquiatra
Luiz Rohde, psiquiatra
Luiz Kowalski, oncologista
Marcus Vinicius Bolivar Malachias, cardiologista
Marianne Pinotti, ginecologista
Mauro Fisberg, pediatra
Miguel Srougi, urologista
Paulo Hoff, oncologista
Paulo Zogaib, fisiologista
Raul Cutait, cirurgião
Roberto Kalil – cardiologista
Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
Salmo Raskin, geneticista
Sergio Podgaec, ginecologista
Sergio Simon, oncologista