Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês

Letra de Médico

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil
Continua após publicidade

Câncer de pulmão em não fumantes: uma ameaça que pede atenção

Questão preocupa a comunidade médica e está sendo visto como um sério problema de saúde global

Por *Carlos Gil Ferreira
Atualizado em 9 Maio 2024, 10h38 - Publicado em 6 fev 2024, 11h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • No último domingo 4,  se comemorou o Dia Mundial de Combate ao Câncer. E nessa data que joga luz à doença, é importante abordar um tema que vem preocupando a comunidade médica: o câncer de pulmão em não fumantes (CPINF). Esse problema está sendo visto como uma séria ameaça à saúde global. É o que indica uma revisão publicada em janeiro na Nature Reviews Clinical Oncology, intitulada  Câncer de pulmão em pacientes que nunca fumaram — uma doença emergente. Compartilho aqui insights importantes sobre este desafio.

    Publicidade

    Embora os tumores relacionados ao tabagismo ainda predominem, o CPINF despontou como a quinta principal causa de mortes por câncer em 2023, impactando especialmente mulheres e populações asiáticas. A necessidade de compreender a singularidade do CPINF é evidente, à medida que enfrentamos uma realidade em constante evolução.

    Publicidade

    O CPINF, frequentemente identificado como um adenocarcinoma de pulmão, revela características genéticas únicas. Essas peculiaridades abrem portas para abordagens terapêuticas personalizadas, sublinhando a importância de desvendar a biologia específica do CPINF.

    Descobertas significativas

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Ao longo dos anos, estudos têm revelado padrões genéticos singulares no CPINF. Alterações nos genes EGFR, ALK e ROS1, por exemplo, desempenham um papel crucial no desenvolvimento desse tipo de câncer, indicando caminhos para tratamentos mais eficazes e direcionados.

    Além da carga genética, destaca-se a relação entre a qualidade do ar e o câncer de pulmão. Ou seja, a poluição atmosférica é vista como um fator ambiental crucial no aumento do risco da doença. A exposição a poluentes como ozônio, material particulado (especialmente PM2.5) e substâncias químicas tóxicas está associada a um maior risco de desenvolver a doença, com classificações oficiais, como as da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), reconhecendo esses elementos como carcinogênicos. Os efeitos adversos à saúde são considerados mais graves em pessoas que fumam e também estão expostas à poluição do ar, tornando essencial a implementação de estratégias globais para melhorar a qualidade do ar como parte integrante da prevenção do câncer de pulmão. 

    Publicidade

    Desafios na detecção precoce

    Continua após a publicidade

    A identificação precoce do CPINF enfrenta desafios significativos, pois a falta de sintomas claros dificulta o diagnóstico nas fases iniciais. A ausência de exames de rastreamento eficazes e a diversidade nas características moleculares do CPINF contribuem para a detecção tardia. Urge a necessidade de repensar as abordagens diagnósticas, priorizando testes genéticos específicos.

    Publicidade

    Em meio a esses desafios, é necessário compreender e enfrentar os crescentes riscos do CPINF. Essa compreensão não só aprimora a gestão da doença, mas também oferece esperança na luta contra essa ameaça à saúde global. Estratégias inovadoras, tanto preventivas quanto terapêuticas, tornam-se cruciais, abrindo caminho para iniciativas de rastreamento em indivíduos de alto risco.

    *Carlos Gil Ferreira é oncologista torácico e presidente do Instituto Oncoclínicas

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.