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Aneurisma cerebral: o avanço no tratamento dessa bomba-relógio

Setembro é o mês de conscientização sobre o aneurisma cerebral. Especialista explica como o problema se manifesta e a evolução na cirurgia para tratá-lo

Por Felipe Mendes*
14 set 2023, 09h00
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  • Embora com alguma frequência o termo apareça na mídia e nas rodas de conversa, boa parte das pessoas desconhece o que é o aneurisma cerebral, uma condição que afeta milhares de indivíduos. Trata-se de uma dilatação anormal da parede de uma artéria do cérebro. O perigo é que, com a ruptura dessa estrutura, há um extravasamento de sangue que compromete o sistema nervoso.

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    O aneurisma pode ser silencioso e imperceptível por muitos anos. Ainda assim, representa um risco potencial grave, pois, ao romper, pode causar uma hemorragia cerebral, com complicações sérias, incluindo a morte. Muitas vezes, um aneurisma não apresenta sintomas até que ocorra uma ruptura.

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    Os principais sintomas desse processo são dores de cabeça intensas, rigidez de nuca – sensação do pescoço travado – alterações visuais, crises convulsivas, confusão, fraqueza em um dos lados do corpo ou, até mesmo, perda de consciência. Um quadro que lembra justamente o do AVC.

    Infelizmente, a prevenção direta de um aneurisma cerebral ainda é um desafio, pois muitos casos não têm uma causa conhecida. No entanto, controlar fatores de risco, como a pressão arterial elevada e o tabagismo, reduz o risco de desenvolver a doença e suas complicações.

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    O tratamento de um aneurisma depende da sua localização, tamanho, forma e da condição do indivíduo. Existem, atualmente, duas possibilidades terapêuticas: a cirurgia aberta, com a clipagem do aneurisma, ou o tratamento endovascular, por dentro das artérias.

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    Mais recentemente, em parceria com meu colega, o neurocirurgião Bernardo Aramuni, adaptei a clipagem do aneurisma cerebral de forma inovadora, realizando a cirurgia de aneurisma com o paciente acordado.

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    Essa técnica avançada permite que o paciente fique consciente durante a parte principal da cirurgia, fornecendo feedbacks em tempo real sobre as funções que precisam ser medidas, como a linguagem e a movimentação dos braços e das pernas, permitindo que a equipe médica ajuste a intervenção conforme necessário, minimizando o risco de sequelas.

    Dessa forma, o procedimento oferece uma maior segurança para o paciente durante a cirurgia em si, já que podemos identificar imediatamente qualquer complicação potencial, fazendo as correções de forma precoce.

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    É importante entender que cada indivíduo é único, e o tratamento mais adequado, determinado pela equipe neurocirúrgica, é feito de forma totalmente personalizada.

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    O monitoramento regular, por meio de consultas e de exames como ressonância magnética, angiotomografia ou angiografia cerebral, é essencial para identificar quaisquer alterações na condição do aneurisma e tomar decisões.

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    Conhecer melhor a dinâmica dessa doença, que eventualmente é detectada em check-ups, seus sinais e sintomas e os avanços no tratamento é primordial para que a população saiba que, mesmo diante de um aneurisma, há saídas capazes de preservar a saúde cerebral.

    * Felipe Mendes é neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e integrante do corpo médico da Rede Mater Dei (MG)

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