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Professor, advogado e militante do movimento negro, ele é o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, instituição pioneira de ensino no Brasil que ajudou a fundar em 2004.
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Ação da Unilever constrói um novo paradigma na agenda racial

Criação do Fundo Afrolever sinaliza, com recursos econômicos e financeiros, investimentos para, produzir impacto relevante e mudar a cena social

Por José Vicente
28 out 2021, 17h45

Os debates sobre o racismo empresarial no mundo e no Brasil elevaram a régua do ambiente corporativo e estão produzindo mudanças velozes e de profundidade em todo seu espectro. Racismo, negros, branquitude, privilégio branco, racismo estrutural, viés inconsciente, tem sido conceitos tratado, debatido e assimilado à exaustão nas suas diversas estruturas, enquanto letramento racial, gerenciamento da diversidade racial, gestão da responsabilidade civil e criminal da responsabilidade empresarial, ganham cada vez mais espaço na formulação da estratégia e rotina corporativa.

Mesmo o conceito moderno de ESG (sigla em inglês para “environmental, social and governance”- ambiental, social e governança, em português -, geralmente usada para medir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa) que passava ao largo dessas questões, precisou se reinventar para agregar na sua formulação a perspectiva de raça e cor e a discriminação racial como elemento estruturante e não destacável de sua dimensão social. Ao final se a distorção e a obscena desigualdade econômica e social são traduzidas em 70% de negros entre os pobres e miseráveis, como intervir, equalizar e transformar o social sem incluir e considerar a dimensão racial?

Um dos elementos de grande vigor na produção de diagnósticos, formulação e construção de ações estratégicas empresariais, têm sido os grupos de afinidades, os comitês internos que englobam os colaboradores negros, gestores e dirigentes na construção dos novos valores da diversidade racial assertiva e com resultados.

Colocando o problema na mesa, estimulando o debate reunindo expertises e identificando as fraquezas, limitações e mesmo as resistências do ambiente, esses comitês, além do papel estimulador e de engajamento tem apontado com precisão o aspecto central da questão: compromisso e vontade não passam de sonho de verão sem os recursos econômicos e financeiros que garantam sua execução.

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Ao entender essa questão, com a criação do Fundo Afrolever com 17 milhões de reais definidos e alocados para as ações e realizações de mudanças objetivas na agenda racial, a Unilever, um dos maiores players empresarial mundial, além do ineditismo e protagonismo constrói um novo paradigma nessa direção: racismo empresarial e social se combate com reconhecimento e conhecimento do problema, sensibilização e engajamento dos atores internos, elaboração de projetos consistentes e, sobretudo, com a alocação dos recursos econômicos e financeiros indispensáveis para investir, produzir impacto relevante e mudar a cena social.

Num trocadilho com a célebre expressão econômica de Friedman, não existe almoço grátis, menos ainda para combater o racismo, promover a diversidade e a responsabilidade racial empresarial e, ao final, alcançar e promover a justiça social. Além da régua, Unilever eleva nosso entusiasmo, aponto o novo normal e desafia todos nós a fazer mais e melhor.

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