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Estacionado nas pesquisas, Ciro tenta romper o isolamento

Nas conversas com líderes de seis partidos deixou a impressão de que sua única condição é a de que o candidato contra Lula e Bolsonaro seja... Ciro Gomes

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 abr 2022, 09h54 - Publicado em 20 abr 2022, 08h00
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  • Goste-se ou não, Ciro Gomes é um evento eleitoral que merece ser observado.

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    É a quarta vez que tenta chegar à presidência da República, e acaba de completar um ano estacionado nas pesquisas, na média de 9% das intenções de voto.

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    Mês passado estreou na propaganda partidária no rádio e na televisão. Mas nada mudou para o candidato do PDT nas sondagens.

    Há três semanas disputava com o ex-juiz Sergio Moro o terceiro lugar no ranking eleitoral, a 35 degraus abaixo do líder, Lula, e outros 15 de distância do segundo colocado, Jair Bolsonaro.

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    Moro saiu do páreo, guilhotinado na própria inexperiência. Ciro Gomes continuou onde estava, em terceiro lugar, e com o triplo das intenções de voto atribuídas ao adversário mais próximo, João Doria, ex-governador de São Paulo pelo PSDB.

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    É o mais veemente dos candidatos, traço de personalidade traduzido à perfeição no jingle de campanha em versos dedicados aos adversários Lula e Bolsonaro (“Tá na hora de saber/ que um rouba mas faz/ e o outro, esse rouba sem fazer”).

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    Ciro Gomes entrou na campanha com uma proposta de governo organizada, estudada e formatada em livro (“Projeto Nacional: O dever da esperança”), publicado há 21 meses. Não é necessário concordar com suas ideias, mas elas estão lá, expostas para debate.

    É caso único e relevante, porque a seis meses da eleição nenhum eleitor sabe o que os outros candidatos planejam para a Saúde, Educação, Segurança e, principalmente, sobre como pretendem resgatar o país de três décadas de estagnação sócio-econômica.

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    Ciro Gomes, no entanto, segue estacionado nas pesquisas. E, pior, visivelmente isolado na política. Mas batalha para sair da bolha que construiu.

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    Mês passado encontrou líderes do MDB, que mantém a candidatura da senadora Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul. Dias atrás conversou com os donos do União Brasil, o deputado Luciano Bivar, de Pernambuco, e Antonio Carlos Magalhães Neto, candidato ao governo da Bahia. Também esteve com representantes do Podemos, do PSD e do PSDB.

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    Deixou a impressão de que toparia sentar à mesa para negociar “tudo”, entendendo-se por tudo uma frente ampla contra Lula e Bolsonaro, composta por meia dúzia de partidos (PDT, MDB, União Brasil, PSDB, Podemos e PSD).

    Sua única condição, entenderam, é a de que na liderança da chapa presidencial da coligação esteja… Ciro Gomes.

    Não se faz política sem vítimas, ensinava Tancredo Neves na montagem da aliança que enterrou a ditadura. Do ponto de vista dos possíveis aliados, hoje o problema da alternativa com Ciro Gomes estaria no modelo “cirocêntrico”, cuja premissa é a de que todos se moveriam em torno dele, por ele e somente para ele.

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    As conversas seguem, porque ninguém encontrou motivo para dizer ou ouvir um “não”.  Seis meses de campanha à frente equivalem a uma eternidade no jogo do poder.

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