“Se o ‘plano A’ fosse ser candidato à presidência da República, eu teria trocado de partido político — e não o fiz. Eu tive ofertas de caminhos que me garantiriam ser candidato a presidente. Eu não seria aquele que viria dispersar energias na terceira via. O Rio Grande do Sul não é ‘plano B’ (…) A crítica à reeleição [foi] aos governantes que concorrem à eleição e acabam fazendo do exercício do governo [um meio] para garantir força às suas candidaturas. Minha critica a reeleição está ligada a isso. A renúncia [ao governo estadual] me abria todas as possibilidades. Se eu estivesse no cargo como governador, teria só uma alternativa: concorrer à reeleição. O que eu não faria. Ao sair do cargo [em março], as possibilidades foram abertas.”
(Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul que renunciou em março ao justificar, ontem, a candidatura à reeleição. Ele foi pré-candidato presidencial do PSDB, mas acabou derrotado nas prévias do partido por João Doria, ex-governador paulista. Sob pressão interna, Doria acabou renunciado à candidatura presidencial no mês passado. Pela primeira vez em 34 anos de existência, o PSDB não terá candidato próprio numa disputa presidencial: decidiu apoiar Simone Tebet, do MDB.)