A campanha de reeleição de Jair Bolsonaro custou 300 bilhões de reais aos cofres públicos, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos repórteres William Waack, Daniela Lima e Raquel Landim, da CNN, na sexta-feira (10).
“Bagunçou a economia”, acrescentou. “Hoje, vimos um pequeno aperitivo disso, que são R$ 30 bilhões” — valor do acordo fechado pela Fazenda com os governos estaduais para compensação parcial das perdas impostas em tributos (ICMS) sobre o consumo de combustíveis, durante a campanha eleitoral.
Essa despesa extra de 300 bilhões de reais foi realizada no contexto de um projeto político de interesses e benefícios estritamente pessoais e privados. Ela é 18% maior que todo o gasto federal em Saúde e Educação, no ano passado.
Se a conta da Fazenda está correta, Bolsonaro tem um novo recorde na sua biografia: foi protagonista da derrota eleitoral mais cara da história recente — um fiasco político de 57,6 bilhões de dólares. A conta, naturalmente, será paga por todos brasileiros. Neste e nos próximos anos.