Bolsonaro preside, o Centrão governa. É regra não escrita, mas confirmada por dois fatos relevantes nos últimos 80 dias.
Em setembro, sob forte pressão do agrupamento que é seu esteio parlamentar, recuou do confronto aberto com o Supremo Tribunal Federal. Socorreu-se com o ex-presidente Michel Temer numa carta de rendição que, provavelmente, nem Temer assinaria.
Na manhã de sexta-feira anunciou que não haveria restrições em aeroportos ao turismo antivacina. À tarde, ouviu líderes do Centrão. Ao anoitecer estava decidida a exigência do “passaporte vacinal”, como já recomendara a Avisa.
Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil e presidente licenciado do PP, foi quem fez o anúncio — por redes sociais. Ontem, a lista de restrições a viajantes foi ampliada.
Bolsonaro marcou para terça-feira, Dia do Evangélico, sua filiação ao Partido Liberal de Valdemar Costa Neto. PL e PP são sócios no Centrão, que governa e, agora, também comanda a campanha de reeleição.