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Informação e análise
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As razões de Jaques Wagner para ficar fora do ministério

Ontem, anunciou aos senadores: "Eu pretendo ficar, prefiro o Senado." E delineou seu papel no novo governo: "Vamos mandar até abril o novo pacote fiscal"

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 dez 2022, 13h27 - Publicado em 8 dez 2022, 09h30

Lula deve apresentar seu ministério nesta sexta-feira (9). Semana que vem receberá da Justiça Eleitoral a certificação de presidente eleito, com o vice Geraldo Alckmin.

Em Brasília, há mais candidatos a ministro e secretário no novo governo do que gente pedindo golpe na porta do Forte Apache, como é conhecido o Quartel-General do Exército. Somente no “Gabinete da Transição”, montado a cinco quilômetros do Palácio do Planalto, há cerca de mil interessados.

Na paisagem dessa luta pelo poder nos bastidores no novo governo, uma exceção é o senador Jaques Wagner. Líder petista mais próximo de Lula, ele tem atuado como portavoz do presidente eleito nas principais reuniões políticas — públicas e privadas.

Ontem, Wagner surpreendeu senadores. Ao defender a aprovação da PEC da Transição, anunciou que está fora do ministério de Lula: “Eu pretendo ficar aqui. Apesar de tantas opiniões, eu prefiro me manter no Senado, porque esta é a Casa da política.”

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É caso raro de renúncia prévia à vaga de ministro, com anúncio feito em microfone do plenário para registro nos anais de uma sessão parlamentar.

Em seguida, delineou seu papel no novo governo: “Estou dizendo, em nome do governo, que nós vamos trabalhar para mandar até abril o novo pacote fiscal, porque ele, sim, vai significar estabilidade para a economia. É evidente que não estamos chegando aqui [no plenário] para ‘brincar’ de PEC [Proposta de Emenda Constitucional].”

Acrescentou: “E eu posso garantir, porque conversei com o presidente Lula, ontem, que, evidentemente, não nos interessa ficar dependendo de PEC! Nós queremos dar um arcabouço fiscal definitivo.”

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É a segunda renúncia de Wagner neste ano. Em março, era o predileto de Lula, do PT e favorito nas pesquisas para voltar ao poder na Bahia, que governara por oito anos (2007 a 2015). Com discrição, manobrou para capitanear a eleição local sem se candidatar ao governo. Escolheu continuar no Senado até 2026.

Deu certo: Lula teve 72,1% dos votos — venceu em 415 dos 417 municípios — e o PT avança para completar um ciclo de 20 anos no governo da Bahia.

Wagner, 71 anos, aparentemente quer distância da Esplanada dos Ministérios. Já experimentou-a nos governos Lula e Dilma, quando foi ministro do Trabalho, de Relações Institucionais, da Defesa e da Casa Civil. Prefere participar do Lula-III no Senado , explicou, porque “é onde se constrói o país, como também se faz na Câmara dos Deputados”.

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