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Informação e análise
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As razões da agonia de Bolsonaro e da angústia de Lula

Bolsonaro enfrenta regressão significativa no eleitorado que o elegeu em 2018. O "fator Ciro" é, hoje, a principal condicionante do futuro eleitoral de Lula

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 set 2022, 07h01 - Publicado em 22 set 2022, 06h00

Nunca antes na história desse país houve tanta pesquisa. Neste mês, a Justiça Eleitoral recebeu mais de cem registros de sondagens sobre a disputa presidencial.

Quantidade não significa necessariamente qualidade. A profusão, no entanto, está induzindo interpretações díspares das tendências eleitorais, baseadas nas variações (8 a 16 pontos porcentuais) sobre a diferença entre candidatos líderes nas intenções de voto.

Pesquisadores atribuem à diversidade e, também, a falta de esclarecimentos mais detalhados sobre as diferentes metodologias. Exemplificam com a definição de amostras a partir de extratos censitários do IBGE — o último Censo disponível é de 2010, uma dúzia de anos atrás. As divergências, no entanto, não eliminam o principal: Lula segue à frente de Jair Bolsonaro.

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Aparentemente, não está funcionando a ofensiva de desqualificação do adversário, intensificada por Bolsonaro no rádio, na televisão e nas redes.

Da mesma a forma, Lula ainda não conseguiu resultados objetivos com a sua campanha pelo “voto útil” no primeiro turno, para desidratar as candidaturas de Ciro Gomes e de Simone Tebet. As pesquisas divulgadas até ontem não registraram o efeito esperado pelo ex-presidente.

Pode acontecer, caso se confirme a “onda Lula” que já motiva apreensão no comitê central de Bolsonaro instalado no Palácio do Planalto. Essa preocupação se baseia na expectativa contínua, captada nas sondagens, de vitória de Lula.

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As pesquisas são convergentes, também, sobre os problemas acumulados pelo aspirante à reeleição. Bolsonaro é caso singular de presidente que, até aqui, usou e abusou das facilidades do cargo, da estrutura do serviço público e do orçamento federal, e ainda assim se vê ameaçado de derrota nas urnas.

Ele não está sendo derrotado apenas pelas mulheres e os mais pobres. O conjunto de sondagens informa que enfrenta uma regressão significativa no eleitorado que o elegeu em  2018.

Exemplo: no retrato divulgado ontem pela Quaest, Bolsonaro aparece com 38% dos votos na região Sudeste. Isso equivaleria a 43% dos votos válidos. Significa uma dezena de pontos a menos do que obteve quatro anos atrás.

A dez dias da votação, uma sucessão de más notícias semeia agonia na campanha governista. No círculo adversário, o calendário impõe angústia de natureza diversa — sobre a dimensão do adversário Ciro Gomes nas urnas. Hoje, o “fator Ciro” é a principal condicionante do futuro de Lula, na primeira ou na segunda rodada eleitoral.

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