A disputa silenciosa entre Lula e Bolsonaro pelo controle do Senado
Pesquisas estaduais indicam que, por enquanto, o PL de Valdemar Costa Neto está em vantagem, com chance de eleger até 11 senadores
Lula e Jair Bolsonaro travam uma disputa silenciosa, paralela à campanha presidencial. Querem o controle do Senado, cujo poder de decisão é vital à sobrevivência de qualquer governo e, mais ainda, de um presidente.
Em outubro se renova um terço do Senado — 27 vagas, uma por cada Estado e pelo Distrito Federal. O jogo está difícil.
Uma compilação de pesquisas estaduais da Vector Research mostra que, se as eleições ocorressem neste início de julho, o PL de Valdemar Costa Neto, que abriga a candidatura de Bolsonaro, poderia eleger até 11 senadores. Seria dono da maior bancada.
Na sequência, com 10 estariam o PSD de Gilberto Kassab e o MDB, que é uma federação de líderes regionais. O PT de Lula teria chance de 9 vagas.
O PDB teria 7, enquanto Podemos, PP e União Brasil conseguiriam eleger 6. Já Republicanos e PDT ficariam com 4 senadores, PSB com 2 e PSC, Pros e Rede com 1 cada. O PTB de Roberto Jefferson perderia a duas cadeiras que possui no plenário dos senadores.
São projeções, ainda precárias. A disputa por vaga no Senado é das mais incertas. Sobretudo, porque a menos de doze semanas da eleição é alta a proporção de eleitores que não definiram um candidato preferencial. Em alguns estados a indecisão supera 30% dos votos disponíveis.