Houve quem, nos últimos anos, achasse que o negacionismo e a desonestidade intelectual fossem atributos exclusivos da militância da esquerda.
Hoje, vemos que se trata de um traço dos extremos da nossa sociedade.
Algumas lideranças progressistas ignoraram solenemente escândalos como o mensalão, o petrolão e a pilhagem que governos petistas operaram em empresas como a Petrobras, enquanto outros ideólogos da mesma vertente chegaram ao ponto de relevar a roubalheira, com o sofisma de que o grande projeto de justiça social em marcha justificaria tais desvios.
É a velha balela de que os fins podem justificar os meios.
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Pois bem: agora, com um governo de direita no poder, começamos a perceber semelhante negacionismo e omissão por parte da sua militância.
Isso acontece em relação aos registros de que usinas de fake news estariam funcionando em hostes governamentais. A mesma vista grossa também já ocorre com a notícia da entrega ao Centrão de cargos públicos em setores com orçamentos bilionários.
Ao fim e ao cabo, os extremos sempre se encontram, seja em guerras sem trégua contra verdades inconvenientes, seja na tolerância a condutas criminosas, invariavelmente acomodadas por contorcionismos ideológicos de todas as matizes.
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