Camarões e companhia: as joias coloridas do jardim tropical

Camarão amarelo-limão (Schaueria calycotricha): nativa da Mata Atlântica, rara e delicada, requer ambiente de meia-sombra com boa umidade

O jardineiro experiente sabe o valor das plantas da família das acantáceas – a mesma do famigerado camarão, aquela flor amarela ou cor de tijolo dos jardins das vovós.

Aphelandra tetragona: acantácea de tamanho grande e média dificuldade de cultivo

Essas espécies são atraentes tanto pela folhagem quanto, especialmente, pelas inflorescências (conjunto de flores) vistosas em forma de espiga, não raro conjugando uma miríade de cores espetaculares.

Justicia aurea: opção espetacular, floresce melhor se for podada radicalmente no inverno

As acantáceas são plantas relativamente rústicas. Apreciam solos com matéria orgânica e um mínimo de umidade. No quesito luz, suas preferências vão de ambientes de sombra a locais ensolarados – na dúvida, invista num canto de meia-sombra que não tem erro. Elas são versáteis: aceitam e até gostam de podas radicais de tempos em tempos. E oferecem uma vantagem estratégica para qualquer paisagista: suas flores são duradouras e, em condições ideais, formam-se várias vezes ao ano.

Justicia rosa (Justicia scheidweileri): espécie nativa de pequeno porte, impressiona pelo conjunto de flores multicoloridas e folhas riscadas de branco

Nessa altura do outono, várias delas estão florescendo a toda em meu jardim – como a barléria amarela gigante (Barleria oenotheroides) da foto abaixo, que atrai muitos insetos e beija-flores. A seleção ao longo deste post mostra que o mundo das acantáceas vai muito além dos camarões comuns. Vale a pena apostar nessas cinco opções.

Barléria amarela (Barleria oenotheroides): vigorosa, muito florífera o ano inteiro, mas com tendência a se tornar invasora se não controlada

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(Imagens: coleção particular de Marcelo Marthe)