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“A Vilã”: Um metro e meio de raiva nuclear

Ultraviolência, notas trágicas e ação espetacular neste achado sul-coreano

Por Isabela Boscov Atualizado em 25 nov 2017, 18h25 - Publicado em 25 nov 2017, 18h25
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  • Os cineastas sul-coreanos manjam de filmar ultraviolência. Mas, até para os altos padrões deles, A Vilã é coisa de virtuose – desde o formidável plano-sequência de abertura que, como num game, mas mil vezes mais doido, põe o espectador no lugar da assassina que vai trucidando as dezenas de homens que aparecem na frente dela (tiro, espada, faca, soco, vale tudo). Como a Nikita do filme-ícone do diretor Luc Besson, a pequena e delicada Sook-hee (Ok-bin Kim) foi aproveitada por uma organização clandestina tanto pelas fantásticas habilidades físicas que manifestou desde criança, como pelo drama pessoal que a tornou presa de uma fúria inaplacável. Em criança, Sook-hee viu o pai ser morto na sua frente, e cresceu alimentada pelo desejo de vingança. A misteriosa organização que a mantém prisioneira canalizou e refinou essa sede: muito menor e mais frágil do que qualquer dos oponentes que enfrenta, Sook-hee, no entanto, vira uma detonação nuclear quando entra em ação – de fazer empalidecer até a raiva de Min-sik Choy ao ser libertado do cativeiro em Oldboy. Por duas vezes na vida ela encontrou um motivo (primeiro um homem, depois uma criança) para procurar outro caminho; em ambas as ocasiões, essas razões se voltaram contra ela.

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    A Vilã
    (Paris Filmes/Divulgação)

    A direção de Byung-gil Jung é notável: como é tradição no cinema sul-coreano, acerta e aprofunda todas as notas trágicas da história de Sook-hee (é um arraso, por exemplo, a cena em que, escondida debaixo da cama, a menina é descoberta pelo assassino do pai), e usa a ação espetacular como a genuína manifestação da personagem e do mundo em que ela vive. A atriz Ok-bin Kim acompanha par e passo a intensidade do diretor. Tem físico de borboleta (ela diz ter 1m67; eu calculo no mínimo uns 10 centímetros de exagero nessa conta), pele de porcelana, ar de heroína trágica e uma energia atômica. Perto dela, aliás, a espiã boa de briga de Charlize Theron em Atômica vira bombinha de São João.

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    Trailer

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    A VILÃ
    (Ak-Nyeo/The Villainess)
    Coreia do Sul, 2017
    Direção: Byung-gil Jung
    Com Ok-bin Kim, Ha-kyun Shin, Jun Sung, Seo-hyeong Kim
    Distribuição: Paris Filmes

     

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