Assine VEJA por R$2,00/semana
Isabela Boscov Por Coluna Está sendo lançado, saiu faz tempo? É clássico, é curiosidade? Tanto faz: se passa em alguma tela, está valendo comentar. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

A irregular ‘The Godfather of Harlem’ resgata a vida de um mafioso negro

A série recupera a trajetória de Bumpy Johnson, que era visto nos anos 60 como um benfeitor no bairro negro ao mesmo tempo que o inundava de heroína

Por Isabela Boscov Atualizado em 22 jul 2020, 15h27 - Publicado em 19 jun 2020, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Ellsworth “Bumpy” Johnson é uma dessas figuras que não se encaixam nos ultradelimitados conceitos contemporâneos de correto e incorreto: nascido na Carolina do Sul e despachado aos 11 anos para o Harlem nova-iorquino, quando seu irmão foi acusado de matar um branco, Bumpy pode ser visto como emblema da afirmação racial — e também, muito objetivamente, como um criminoso, se não traidor, já que nos anos 60 inundou o Harlem negro com um de seus flagelos, a heroína (ao mesmo tempo, em razão da generosidade, era visto no bairro como benfeitor). Abarcar essas contradições é uma das ambições de Godfather of Harlem (Estados Unidos, 2019), disponível na íntegra no app da Fox e à taxa de um episódio por semana, desde a sexta-feira 19, no canal Fox Premium. Criada por Chris Brancato e Paul Eckstein, de Narcos, a série descarta a tumultuada vida pregressa de Bumpy (Forest Whitaker) para apanhá-lo já maduro, em 1963, quando saiu da penitenciária de Alcatraz e pôs-se a recuperar seus domínios das mãos do mafioso Vincent Gigante (Vincent D’Onofrio) — que, claro, não gostou da ideia.

    Publicidade

    + Compre o livro e Bumpy Johnson: the Harlem Ganster
    + Compre o livro The Harlem Godfather

    O intuito é pintar as muitas facetas das relações raciais na década do movimento pelos direitos civis, incluindo figuras com que Bumpy de fato se relacionou, como o ativista Malcolm X (Nigel Thatch, destaque do elenco), e outras com as quais não se sabe ter tido associação — caso do congressista Adam Clayton Powell (Giancarlo Esposito) e do boxeador Muhammad Ali, então Cassius Clay (Deric Augustine). A trilha de rap traz o assunto para o presente, mas a abrangência e o didatismo prejudicam a série. Com dez episódios que às vezes giram em falso — gasta-se muito tempo com um inane romance inter-racial —, Godfather teria mais impacto se seus criadores fizessem como seu protagonista e cortassem na carne, sem dó.

    Publicidade
    VEJA RECOMENDA | Conheça a lista dos livros mais vendidos da revista e nossas indicações especiais para você.

    Publicado em VEJA de 24 de junho de 2020, edição nº 2692

    Continua após a publicidade

    Publicidade

    CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR


    Bumpy Johnson: the Harlem Ganster

    The Harlem Godfather

    *A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.