Pérolas da pré-sabatina de Fachin no playground do Senado
Acompanho em tuítes a pré-sabatina do petista indicado por Dilma Rousseff para o STF, Luiz Edson Fachin, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, presidida – imagine – por outro petista, o senador José Pimentel (PT-CE). 1) A discussão no Senado é se os senadores farão perguntas por ordem de chegada ou não. […]
Acompanho em tuítes a pré-sabatina do petista indicado por Dilma Rousseff para o STF, Luiz Edson Fachin, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, presidida – imagine – por outro petista, o senador José Pimentel (PT-CE).
1) A discussão no Senado é se os senadores farão perguntas por ordem de chegada ou não. Os que chegaram cedo estão bravos. É um playground.
2) “Eu faço uma questão de ordem para que encerremos as questões de ordem.” Randolfe Rodrigues, PSOL, arrancando risos no playground do Senado.
3) “Não podemos transformar a sabatina de um indicado ao STF em reunião de condomínio”, diz Cássio Cunha Lima, PSDB. Na verdade, seria um upgrade.
4) “Não será uma ação entre amigos, seguramente, essa sabatina”, diz Álvaro Dias, o tucano amigo e defensor do petista indicado, Luiz Edson Fachin.
5) “Presidente tem 9 meses para indicar o postulante, os senadores têm menos de 9 minutos para fazer suas perguntas”, reclama Cássio Cunha Lima, PSDB.
6) Os senadores terão 5 minutos para as perguntas e 2 para a réplica a Fachin, em homenagem à sua madrinha Dilma Rou7.
7) “Isso aqui não é casa de caldo de cana, sr. presidente. O Brasil tem de saber que não somos carimbadores da República”, protesta Magno Malta (PR/ES).
8) Malta: “Se a presidente Dilma levou 9 meses para parir este nome, por que precisamos entregar este feto (em menos de) 9 minutos?” Neste caso, de fato, eu defendo o aborto.
9) “Como é que nós vamos elaborar em (menos de) 10 minutos uma discussão com profundidade? Qual é o problema de Fachin ficar aqui mais tempo e responder as perguntas?”, questiona Ronaldo Caiado, DEM-GO. “Eu não vou aceitar 5 minutos!”
10) Há duas notas informativas do Senado sobre Fachin ter advogado na esfera privada enquanto era procurador do Paraná. Uma atesta a ilegalidade, outra o defende. Esta foi encomendada pelo miguxo Álvaro Dias.
11) Caiado questiona sabatina que não quer debater condicionantes para o cargo. “Assim qualquer um pode ser candidato sem ter reputação ilibada.”
12) Caiado: “Se não tem a reputação ilibada, ele (Fachin) não pode nem sequer ser arguido pela CCJ. Se não cumprir condicionantes para ocupar vaga no STF, qual cidadão que vai se sentir exigido a cumprir condicionantes de um concurso?”
13) Caiado diz que a CCJ está dando um mau exemplo para o país.
14) Randolfe Rodrigues (PSOL) dá um piti, dizendo que a questão cabe à OAB, aparelhada por seus comparsas petistas. Magno Malta se refere a ele como Harry Potter. Faltou trazer a vassoura.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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