O Senado aprovou convite para que o ex-presidente do Uruguai José Mujica e seu ex-vice Danilo Astori deem detalhes sobre a confissão feita por Lula sobre o mensalão (“a única maneira de governar o Brasil”), revelada no livro Uma ovelha negra no poder.
Mujica já tinha dito que não viria ao país para isso – e nem é obrigado a vir. Depois de receber de Lula um puxão de orelha pelo telefone, ele também havia negado ter conversado com o petista a respeito do escândalo, embora tenha autografado alegremente os exemplares da obra.
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), autor do requerimento para ouvir Mujica, deveria convidar também os autores Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, que jamais negaram as revelações, ao contrário do que o G1 insiste em noticiar.
Ao promover o livro, Danza disse também:
“São 17 anos de convivência com encontros pessoais semanais [com Mujica]. Quando ele assumiu a Presidência, no dia 1º de março de 2010, começamos a fazer registros oficiais da Presidência e combinamos que só publicaríamos esse material depois que ele deixasse o cargo. Todas as conversas estão gravadas.”
Caiado tem de pedir aos autores as gravações das conversas sobre a confissão de Lula e das demais que citam o petista. Pode ser que eles não venham, nem forneçam, embora lhes seja uma ótima oportunidade de divulgar o livro a ser lançado pela Bertrand, do Grupo Record, no Brasil. Como tuitei na época, também:
Em todo caso, toda pressão sobre Lula é bem-vinda.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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