Lula e Dilma continuam aborrecendo o Brasil em 2016
...enquanto o impeachment e a Lava Jato não vêm. Veja o resumão
Tuitadas e notas de ano novo:
– Agora você explica ao turista que o Rio de Janeiro tem Museu do Amanhã, Réveillon com megaeventos nas praias, mas não tem remédio no hospital, ok? Ok.
– Museu do Amanhã ficou uma hora e meia sem luz no dia 2 de janeiro, segundo O Globo. Com Dilma Rousseff e seu cúmplice Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) no poder, o amanhã do país é mesmo um breu.
– Ministério da Educação perdeu R$ 10,5 bilhões em 2015, ano em que Dilma escolheu lema “Pátria Educadora”. Dilma é a melhor opositora de si.
– Dilma cortou pelo menos 13% dos benefícios dos brasileiros que recebem Bolsa-Família, ao vetar emenda do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que garantiria a correção pela inflação. Depois, ela calculou um aumento de 3,97%, ou míseros R$ 3,00. Sim: Dilma é a melhor opositora de si, mas, como este blog sempre pregou, a oposição tem de traduzi-la melhor para os eleitores de baixa renda que se iludiram com as mentiras da campanha eleitoral.
– Dilma: “Governo está fazendo sua parte”, ou seja: cobrar do povo a conta da incompetência e da roubalheira petistas, aumentando imposto até de bebida.
– Escrevi em 1º de setembro de 2015: “Dilma encarece até bebida para impedir brasileiros de esquecê-la”. Agora que ela sancionou a lei, o Imposto da Pinga é oficial.
– Dilma assinou artigo (que alguém escreveu) na Folha, citando as palavras “humildade” e “erros” (esta última, claro, na expressão “erros e acertos”), sem especificar quais erros foram cometidos. Como escrevi em 2 setembro de 2015:
– O artigo assinado por Dilma culpa a crise externa pelo desastre econômico e a oposição pela crise política que o agrava. Dois embustes, exaustivamente repetidos pelo PT.
– Culpar crise externa por gastança de Lula e Dilma é como culpar fim da mesada do papai por não poder pagar prestações que dependiam dela. A irresponsabilidade é de quem aumenta gastos contando com financiamento incerto.
– Gastança de Lula foi encoberta pelo bom momento internacional. Queda do preço das commodities apenas escancarou a gastança de Lula e Dilma. O resto é propaganda.
– A oposição só agrava a crise política quando esmorece em seu combate ao desgoverno Dilma. Lutar pelo impeachment é justamente tentar impedir o agravamento de todas as crises.
– Como escreve José Roberto Mendonça de Barros, no Estadão: “o ano de 2016 será ainda de recessão e de forte piora no desempenho econômico, dado que o governo derrete em todas as áreas. Apenas uma mudança de governo pode alterar essa projeção, uma vez que, neste caso, as expectativas seriam francamente ajustadas do lado positivo, reduzindo a pressão no câmbio e na inflação. Os juros poderiam até cair e o último trimestre do ano poderia ser muito mais positivo, especialmente para a indústria. Uma nova agenda traria de volta o investimento. Pessoalmente, acredito que a recessão, o desemprego, a pressão da sociedade e a Operação Lava Jato levarão a este desfecho”.
– Jaques Wagner, ministro da Casa Civil, sobre o impeachment: “Nós vamos enterrá-lo.” Traduzindo: o impeachment segue vivo. A oposição que lute no PMDB e no Congresso, e convoque a população para o ato de 13 de março nas ruas.
– Leonardo Picciani (PMDB-RJ): “Vou ser o candidato [a líder do partido na Câmara na eleição de fevereiro] e minha proposta é de buscar unidade, respeitar as posições.” Mentira. Proposta dele é salvar Dilma Rousseff.
– Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA): “Está na hora de unir o partido, e Picciani não é o nome para unir. Ele desuniu a bancada, colocou os interesses dele e do Estado dele acima dos interesses da bancada”. Picciani só tem olhos para si.
– Peemedebistas anti-Dilma querem emplacar candidato da bancada de Minas Gerais para a vaga, mas há disputa interna entre Leonardo Quintão, Newton Cardoso Júnior e Saraiva Felipe. Nem a ala oposicionista do PMDB consegue se unir.
– A propósito: enquanto a imprensa tenta associar Michel Temer a Eduardo Cunha, este blog relembra que Dilma Rousseff está associada a Renan Calheiros, que, em tese, responde a seis inquéritos no STF petista.
– Sobre o golpe do STF que deu mais poder a Renan sobre o impeachment, o coautor do pedido Miguel Reale afirmou no Estadão: “Sem haver nenhum princípio inspirador da possibilidade de uma maioria simples do Senado anular a determinação de 2/3 da Câmara de se instalar o processo, foi-se além dos limites de interpretação para, em criatividade livre, contrariar a clareza dos textos constitucionais e legais. Como confiar no Supremo diante de um construtivismo constitucional dessa grandeza? O povo bestificado assiste atônito à destruição da República. O ano novo começa velho”.
Em outras palavras: o barrosês salvou o dilmês.
– Estadão: Um petista que acompanha Lula há três décadas reconheceu que o ex-presidente inicia 2016 mais fragilizado do que nunca: “É a primeira vez que ele não sabe o que fazer”. Aguarde o japa, Lula.
– Celso Marcondes, um dos diretores do Instituto Lula, disse ao Estadão que “é só dar um microfone na mão” de Lula para o ex-presidente se recuperar e vencer uma eleição. Eu já separei a panela.
– Feliz 2016, meus leitores. Que nossos sonhos se realizem. Sim: esses mesmos.
* Veja também:
– 5 golpes de Dilma no fim do ano
– O brizolismo de Dilma Rousseff se conta em cadáveres
– Governo do PT usa crise como pretexto para tirar dinheiro da Polícia Federal que investiga petistas
– Acobertamento de Dilma e Lula é uma obra em conjunto
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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