Cobertura em notas e tuitadas:
– Rodrigo Janot denuncia Renan Calheiros (PMDB-AL) na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro no caso da contratação da empreiteira Serveng Civilsan pela Petrobras. É só a 1ª denúncia de 8 inquéritos contra o coronel.
– Renan e Aníbal Gomes (PMDB-CE) receberam R$ 800 mil de propina para manter Paulo Roberto Costa no cargo, garantindo à Serveng “participar de licitações mais vultosas na Petrobras”. É a venda de influência no seio do Estado inchado.
– Em 2010, Serveng pagou R$ 500 mil e depois R$ 300 mil ao Diretório Nacional do PMDB, “à época sob a responsabilidade e controle de Michel Temer, com a tesouraria a cargo de Eunício Oliveira” (PMDB-CE). Ambos, pelo visto, também estão na mira da PGR.
– A denúncia descreve e ilustra o caminho da propina travestida de doação eleitoral:
Esses valores “seguiram para o Comitê Financeiro do PMDB–AL para Senador e deste para RENAN CALHEIROS, mediante diversas operações fracionadas, de forma a ocultar e dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e propriedade de valores provenientes, direta ou indiretamente, de prática de crime contra a administração pública”.
– Abri uma enquete no Twitter:
Quando você acredita que o STF avaliará se recebe ou não a denúncia de Janot contra Renan por corrupção e lavagem de dinheiro?
Publicidade— Felipe Moura Brasil (@FMouraBrasil) December 12, 2016
– STF vai levar 9 anos para receber denúncia de Janot contra Renan? Ou 9 meses para recusá-la? Povo acha que “solução pacificadora” é cadeia.
– Membros da 2ª turma do STF, que julga processos da Lava Jato: Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Celso de Mello, Gilmar Mendes. Todos foram contra afastamento de Renan da Presidência do Senado, após liminar concedida por Marco Aurélio Mello. Janot foi a favor. Hora da revanche.
– Gilmar havia culpado PGR pela demora nos inquéritos. Janot agora o empareda com denúncia contra Renan. Quando tempo STF vai levar, Gilmar?
– Janot quer “perda das funções públicas” de Renan. Lewandowski, que salvou Dilma disso na votação do impeachment com ajuda de Renan, já sabe como, no mínimo, fatiar a denúncia.
– Já que STF teme afastar Renan da presidência do Senado, poderia pautar para fevereiro (após a eleição para o cargo dele) o recebimento da denúncia. Simples…
– Renan, claro, disse que está “tranquilo para esclarecer este e outros pontos da investigação”. O STF é sua fonte de tranquilidade.
– O que Renan deve saber de podre dos outros para manter o poder que tem não é brincadeira, não, senhores. Seria uma delação padrão Odebrecht.
2018
– Escrevi o que segue abaixo no sábado, lembrando também tuitada de março. Nesta segunda, Marina Silva aparece no Datafolha como líder em todos os cenários de 2º turno. Obrigado.
Se ficar quietinha até 2018, pode acabar eleita por W.O. Recordar é viver: https://t.co/k8Zcxd1iVi
— Felipe Moura Brasil (@FMouraBrasil) December 10, 2016
Quanto mais ausente, mais Marina Silva sobe nas pesquisas. Não sei por que ela inventa de aparecer na hora da eleição.
— Felipe Moura Brasil (@FMouraBrasil) March 20, 2016
– À frente de Ciro Gomes, que tem entre 5 e 6 pontos, Jair Bolsonaro segue em 4º lugar, entre 8 e 9, atrás de Lula, Marina e um dos tucanos (Aécio Neves, Geraldo Alckmin ou José Serra). Mas Datafolha, claro, não fez sondagem sobre eventual 2º turno entre Marina e Bolsonaro, o único deles jamais citado na Lava Jato.
– STF tampouco se prestou a julgar denúncia fajuta feita pela militante flagrada em ato petista, Ela Wiecko, contra Bolsonaro. A intenção política de mantê-lo como réu por tempo indeterminado para manchar sua eventual candidatura pode se escancarar com a demora.
– Como comento há anos, há um espaço livre no cenário político brasileiro para um candidato de direita que não tenha o índice de rejeição de Bolsonaro. Mas ninguém (nem Ronaldo Caiado) ainda ocupou esse espaço, tendo sólida base partidária e suficientes recursos financeiros.
– Falei à Rádio Gaúcha em 15 de novembro que João Dória era mais próximo de ser o Donald Trump brasileiro no quesito de ser um empresário rico e bem-sucedido que entrou na política como um firme outsider, ainda que pelo PSDB. Problemas dele para 2018 são o pouco tempo para melhorar São Paulo e ter de interromper o mandato para concorrer à presidência.
– Enquanto isso, Roberto Justus tenta se manter como opção, alegando avaliar cenário. Tudo segue mais incerto que a liberdade do Lula.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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