A presidente Dilma Rousseff exalta o Belo Monte do PT ao lado de Edison Lobão, hoje presente na lista de Rodrigo Janot de políticos enrolados com a Operação Lava Jato

A Camargo Corrêa pagou mais de R$ 100 milhões em propina a PT e PMDB para obter contratos de obras na usina de Belo Monte.

É o que vai confessar o presidente da empresa, Dalton Avancini, como revelou O Globo.

No Youtube, digitar seus nomes ao lado de “Belo Monte” hoje é diversão garantida.

Diz a propaganda da obra:

“Tudo aqui impressiona pela grandeza.”

Verdade: até a propina.

Diz Dilma:

“Muita gente no Brasil não sabe que estamos realizando uma obra desse porte.”

Agora precisa saber: porte de 100 milhões de reais para PT e PMDB.

“Quando eu vejo uma obra desse ‘tamanhão’, não é o seu grande porte o que mais me impressiona, nem o que mais me alegra. É, sim, o tamanho do benefício que ela vai causar na vida das pessoas.”

Eu entendo a alegria de Dilma com tamanho benefício aos petistas.

“Isto é o que mais importa.”

Não tenho dúvida.

Diz Lula, sempre egoísta:

“Se for preciso, o governo vai construir Belo Monte sozinho.”

Não foi preciso. O PMDB dividiu o belo monte com o PT.

“E se alguma empresa privada não quiser participar de uma obra, nós faremos a obra. Porque pra nós o ideal é essa parceria público-privada.”

Sem dúvida. Um ideal que, só nessa obra, rendeu mais de 51 milhões de reais ao partido.

“As empresas que ganharam o contrato para construir Belo Monte pagaram 98 reais o MWh.”

Uma delas, a Camargo Corrêa, pagou 100 milhões de reais. E tinha apenas 16% do orçamento. Se a porcentagem da propina era idêntica para todas as empreiteiras participantes, PT e PMDB embolsaram pelo menos 295 milhões de reais cada um.

Diz Dilma:

“Somos hoje um dos países com maior volume de grandes obras no mundo.”

Deu para entender por que é preciso tirar o PT do poder? Ou o PSDB quer que desenhe?

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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