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Vampira infantil do terror ‘Abigail’ tropeça no enredo medonho

Filme tenta misturar carnificina e horror ao prender seis criminosos na mesma mansão que uma sanguessuga milenar com rosto de garotinha

Por Thiago Gelli Atualizado em 9 Maio 2024, 12h13 - Publicado em 18 abr 2024, 16h57

A premissa é simples — e galhofeira. Uma equipe desastrada de seis criminosos é unida ao acaso por um contratante misterioso, que lhes oferece 50 milhões de dólares para realizar uma tarefa aparentemente pouco desafiadora: capturar a filha de 11 anos de um chefe do crime e mantê-la em cativeiro por 24 horas em uma mansão abandonada. O que eles não sabem é que a bailarina cor-de-rosa apenas finge ser uma garotinha indefesa e está pronta para mostrar os dentes de vampira e a sede de sangue. Feita a armadilha, a jovem começa a brincadeira de gato e rato que compõe a maior parte da ação do filme que leva seu nome: Abigail, estreia desta quinta-feira, 18, nos cinemas brasileiros.

A vontade da jovem adorável é devorar todos os sequestradores: uma médica clandestina (Melissa Barrera), um ex-policial (Dan Stevens), um militar (William Catlett), um motorista de fuga descompensado (Angus Cloud), um brutamontes de pouco intelecto (Kevin Durand) e uma jovem hacker superficial (Kathryn Newton) — tarefa fácil graças a seu horripilante dom ancestral e à pouca malícia das vítimas, que demoram um terço do longa para descobrir o que está acontecendo — lentidão que, para o azar do espectador, se transforma no ritmo morno que perdura pelo resto da duração.

Tudo sobre o enredo, afinal, tem o sabor de marmita requentada. A ambientação e estrutura são emprestadas de Casamento Sangrento, maior sucesso original da dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, enquanto a protagonista é a mesma que o duo criou nos últimos dois capítulos da franquia Pânico, vivida pela mesma atriz — uma Barrera tão engessada e austera como nos trabalhos anteriores. Seu desempenho evidencia a pior herança que os cineastas levam para o quinto filme que conduzem juntos: a péssima direção de elenco, que, com exceção da estrela infantil Alisha Weir, reduz todos os intérpretes à unidimensionalidade e ao humor medíocre — que, por sua vez, claramente tenta emular as qualidades virais de M3GAN.  

A falta de particularidade frustra as intenções de choque e extravagância da história, desfalcando até momentos de destaque como uma bela dança vampírica e uma perseguição bem elaborada pelas escadas da mansão. Para preencher o vazio, uma moral desengonçada sobre negligência parental desponta no clímax, junto a uma reviravolta que repentinamente afasta a bailarina do palco. 

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Pouco mais que uma premissa curiosa e alguns litros de sangue, a narrativa funciona apenas como entretenimento fraco. Sua vampira pode ter milhares de anos, mas o balé de Abigail ainda é juvenil — e a técnica passa longe do Bolshoi.

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