Henry Cavill anunciou na noite desta quarta-feira, 14, que não voltará a interpretar o Super-Homem no próximo filme do herói da DC. A saída repentina, após quase dez anos na pele do homem de aço, não foi escolha do ator. Em uma postagem no Instagram, Cavill revelou que recebeu a notícia em uma reunião com James Gunn e Peter Safran, que assumiram a DC Comics há cerca de dois meses. “Depois de ser encarregado pelo estúdio de anunciar meu retorno em outubro, antes da contratação deles, esta notícia não é das mais fáceis, mas é a vida. A mudança de guarda é algo que acontece. Eu respeito isso. James e Peter têm um universo para construir“, escreveu no comunicado.
A saída repentina de Cavill faz parte de um processo de reformulação colocado de pé pelos novos mandachuvas do estúdio. Em uma postagem no twitter, Gunn esclareceu que a dupla tem um plano traçado para a DC, e que novos projetos devem ser anunciados no início do ano. Ele adiantou que um longa de Superman está entre as apostas, mas o filme não será uma sequência, como se esperava. “Nos estágios iniciais, nossa história se concentrará em uma parte anterior da vida do Superman, então o personagem não será interpretado por Henry Cavill”, justificou ele, afirmando que não fecha as portas para o ator em projetos futuros.
Henry Cavill interpretou Superman pela primeira vez em 2013 e seguiu vestindo a capa do personagem em uma série de filmes. Entre as participações estão os longas Batman v Superman: A Origem da Justiça, Liga da Justiça e Liga da Justiça de Zack Snyder. “Minha vez de vestir a capa passou, mas o que o Super-Homem defende nunca deixará de existir”, escreveu o ator. “Para aqueles que estiveram ao meu lado ao longo desses anos, podemos lamentar um pouco, mas depois devemos lembrar que o Superman ainda está por aí.”
Essa, no entanto, não é a primeira baixa do estúdio. Detentora de outras marcas vistosas além da DC, como HBO e Cartoon Network, a Warner vem enfrentando uma crise sem precedentes, com uma dívida estimada em 50 bilhões de dólares. Em abril, a empresa se fundiu com a Discovery+ e passou a se chamar Warner Bros. Discovery. Projetos, então, foram cancelados, funcionários demitidos e, numa jogada dramática, o filme Batgirl, de 90 milhões de dólares, foi engavetado apesar de estar pronto para ser lançado. Um dos poucos acertos da atual incursão da DC no cinema, a saga da Mulher-Maravilha, com Gal Gadot no papel principal, teve a produção de seu terceiro filme suspensa e as sequências de Aquaman e Shazam! foram adiadas.