Um dos poucos acertos da atual incursão da DC no cinema, a saga da Mulher-Maravilha, com Gal Gadot no papel principal, teve a produção de seu terceiro filme suspensa. A notícia expõe mais um capítulo da complexa crise econômica da Warner Bros e suas marcas, grupo que atualmente passa por uma fusão com a Discovery e cortes bruscos para equilibrar as contas. Nesta limpa, os caríssimos filmes com os super-heróis da DC estão passando por uma revisão dramática.
Segundo a revista The Hollywood Reporter, o terceiro longa da Mulher-Maravilha, dirigido por Patty Jenkins, foi suspenso – e dificilmente voltará à vida. Pelo menos não nos moldes que a diretora gostaria de seguir. Patty apresentou o projeto da produção a James Gunn, diretor de Guardiões da Galáxia que agora se tornou o chefão da DC, e ele recusou com o argumento de que o filme não se encaixa na nova reformulação pela qual o estúdio está passando.
Detentora de outras marcas vistosas além da DC, como HBO e Cartoon Network, a Warner vem enfrentando uma crise sem precedentes, com uma dívida estimada em 50 bilhões de dólares. Em abril, a empresa se fundiu com a Discovery+ e passou a se chamar Warner Bros. Discovery. Projetos, então, foram cancelados, funcionários demitidos e, numa jogada dramática, o filme Batgirl, de 90 milhões de dólares, foi engavetado apesar de estar pronto para ser lançado. As sequências de Aquaman e Shazam! foram adiadas. Adão Negro, com Dwayne Johnson, foi o escolhido para sair esse ano e tentar angariar uma boa bilheteria. Mas o resultado não foi lá essas coisas: o filme com o anti-herói fez 380 milhões de dólares em bilheteria – para comparação, Mulher-Maravilha, de 2017, fez 822 milhões de dólares.